ATA DA CENTÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 28-11-2002.

 


Aos vinte e oito dias do mês de novembro de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Paulo Brum, Raul Carrion e Reginaldo Pujol. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, José Fortunati, Luiz Braz, Nereu D’Avila, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Zé Valdir. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Centésima Primeira Sessão Ordinária e da Trigésima Sexta, Trigésima Sétima, Trigésima Oitava, Trigésima Nona, Quadragésima e Quadragésima Primeira Sessões Solenes, que foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/02 (Processo nº 3495/02); pelo Vereador Cassiá Carpes, 02 Pedidos de Providências e o Pedido de Informações nº 232/02 (Processo nº 3518/02); pelo Vereador Haroldo de Souza, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Antonio Dib, 03 Pedidos de Providências; pelo Vereador João Carlos Nedel, 20 Pedidos de Providências e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/02 (Processo nº 3533/02). Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Reginaldo Pujol, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que o Projeto de Lei do Legislativo nº 058/97 (Processo nº 1223/97) seja incluído na Ordem do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 694 e 695/02, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, 10619459, 10619742 e 10619779/02, do Senhor Sady Carnot Falcão Filho, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Marcelo Danéris, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão e o Senhor Presidente registrou a presença da Senhora Maria Emilia Alvarez, Edil do Partido Colorado da Cidade de Maldonado, Uruguai. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 211 e 224/02, discutidos pelo Vereador João Carlos Nedel, e 225/02; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 216 e 219/02, o Projeto de Lei do Executivo n° 076/02; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n°s 102, 217 e 218/02, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 018/02, discutido pelos Vereadores Sebastião Melo e Reginaldo Pujol, o Projeto de Lei do Executivo n° 075/02, discutidos pelos Vereadores João Antonio Dib, Juarez Pinheiro e Reginaldo Pujol, o Projeto de Resolução n° 111/02. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Sebastião Melo reportou-se aos prazos de tramitação dos processos na Casa e questionou resposta dada a Pedido de Informações feito por Sua Excelência ao Executivo Municipal, acerca de permuta de área pública com a Empresa Condor Empreendimentos Sociedade Anônima - CEISA - para a construção do Parque Alemanha. Também, avaliou os impactos causados à comunidade pelo projeto de implantação da Radial Anita. O Vereador Elói Guimarães, referindo-se ao discurso proferido pelo Vereador Sebastião Melo, teceu considerações a respeito dos prazos e dos critérios de avaliação adotados para emissão de pareceres pela Comissão de Constituição e Justiça, justificando que todos os processos são analisados naquela Comissão e que algumas matérias, pela importância sócioeconômica que têm para a Cidade, requerem avaliação diferenciada das demais. O Vereador Isaac Ainhorn discorreu sobre os prazos de conclusão das restaurações do Paço Municipal, inicialmente previstos para o mês de outubro de dois mil e um, criticando o atraso e a indefinição da Prefeitura quanto ao término dessas obras. Nesse sentido, afirmou que o erário tem sido prejudicado com o aluguel de salas no Centro, onde estão instalados atualmente, de maneira provisória, gabinetes do Executivo Municipal. O Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se quanto à votação dos Projetos de Lei Executivo que dispõem sobre o Orçamento Municipal para o exercício econômico financeiro de dois mil e três, esclarecendo sua posição quanto ao assunto. Também, prestou esclarecimentos relativamente a pareceres dos quais Sua Excelência foi autor, na Comissão de Constituição e Justiça, em resposta ao pronunciamento realizado pelo Vereador Sebastião Melo. O Vereador João Antonio Dib pronunciou-se acerca das reformas que estão sendo feitas no Paço Municipal, argumentando que o Executivo cometeu um equívoco ao estabelecer prazos para a conclusão das obras, em virtude da complexidade dos problemas verificados naquele prédio. Ainda, debateu a questão da arrecadação de tributos municipais, protestando contra a aplicação de recursos públicos no sistema financeiro nacional. O Vereador Carlos Pestana manifestou-se sobre a postura adotada pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, com assento neste Legislativo, acerca das declarações externadas pelo Vereador Sebastião Melo, relativas ao Projeto de Lei do Executivo nº 073/02 (Processo nº 3314/02), que dispõe sobre a permuta de imóveis pertencentes ao Município, por área destinada à criação do Parque Alemanha, localizado na região norte da Cidade. O Vereador Raul Carrion reportou-se à matéria veiculada pela imprensa no dia de hoje, relativa ao pagamento da dívida externa brasileira no ano de dois mil e dois, procedendo à leitura de dados pertinentes ao assunto. Também, analisou as condições sociais da população brasileira, discursando sobre as diretrizes econômicas vigentes e contrapondo-se à política financeira executada pelo Senhor Fernando Henrique Cardoso, Presidente da República, nos últimos oito anos. A Vereadora Clênia Maranhão discorreu sobre reunião realizada entre a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor com integrantes de entidades de defesa do consumidor, do Fórum Estadual do Defesa do Consumidor e da Defensoria Pública do Estado, para tratar de questões atinentes ao aumento no preço de produtos, especialmente de alimentos que integram a cesta básica, bem como a implementação de medidas que busquem coibir essa prática. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e dada continuidade à apreciação do Projeto de Lei do Executivo n° 062/02 (Processo n° 3005/02), iniciada durante a Centésima Quarta Sessão Ordinária. Após, foi apregoada a Emenda n° 01, de autoria do Vereador Nereu D’Avila, ao Projeto de Lei do Legislativo n° 072/02 (Processo n° 1348/02). Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda n° 17, aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 062/02, por dez votos SIM e onze votos NÃO, tendo votado o Senhor Presidente, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Adeli Sell e Sebastião Melo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Na ocasião, por solicitação do Vereador Sebastião Melo, foi realizada a leitura da Emenda nº 17, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02. Após, o Vereador Juarez Pinheiro formulou Requerimento verbal, posteriormente indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando fosse declarada a prejudicialidade das Emendas n°s 18 e 19, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, alegando haver incompatibilidade desta matéria com a Constituição Federal, tendo os Vereadores Juarez Pinheiro e Sebastião Melo manifestado-se a esse respeito. Também, o Vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Na ocasião, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando manifestação da Procuradoria da Casa acerca da possibilidade de renovação de votação da Emenda nº 17, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02. Às dezesseis horas e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e treze minutos, constatada a existência de quórum e, após, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre a possibilidade de renovação de votação das Emendas nºs 18 e 19, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, tendo o Vereador Juarez Pinheiro manifestado-se sobre o assunto. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda n° 18, aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 062/02, por sete votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Juarez Pinheiro e João Carlos Nedel, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum e Reginaldo Pujol e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em continuidade, o Vereador Juarez Pinheiro formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando fosse declarada a prejudicialidade da Emenda nº 19, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, tendo os Vereadores Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Marcelo Danéris e Juarez Pinheiro manifestado-se sobre o assunto e o Senhor Presidente prestado informações sobre o tema. Na ocasião, por solicitação do Vereador Fernando Záchia, foi realizada a leitura da Emenda nº 19, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda n° 19, aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 062/02, por oito votos SIM, quinze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores João Antonio Dib e Sebastião Melo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador Cassiá Carpes. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda n° 21, aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 062/02, por quatorze votos SIM e doze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Estilac Xavier e Sebastião Melo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda n° 22, aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 062/02, por oito votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Adeli Sell, Sebastião Melo e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Bosco Vaz. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 27, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, por dezesseis votos SIM e dez votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Paulo Brum, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Estilac Xavier, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 30, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, por quatorze votos SIM e oito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelas Vereadoras Maria Celeste e Clênia Maranhão, em votação nominal solicitada pela Vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Estilac Xavier, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se sobre o teor da Emenda nº 30, aposta ao Projeto e Lei do Executivo nº 062/02, tendo o Senhor Presidente prestado informações sobre o assunto. A seguir, face manifestação do Vereador Marcelo Danéris, o Senhor Presidente prestou informações acerca da tramitação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/02 (Processo nº 3003/02). Foi votada destacadamente e aprovada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 30, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, por vinte e um votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac Xavier, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 31, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, por quinze votos SIM e dez votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Zé Valdir e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Fernando Záchia, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Estilac Xavier, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 32, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 062/02, por nove votos SIM, quatorze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Estilac Xavier e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Clênia Maranhão, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Beto Moesch e Cassiá Carpes. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador João Carlos Nedel, aditado pelo Vereador Juarez Pinheiro, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Foi aprovado o Requerimento nº 178/02 (Processo nº 3563/02 – Sessão Solene em homenagem ao aniversário de cento e trinta anos da Sociedade Floresta Aurora de Porto Alegre), de autoria da Mesa Diretora. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 209/02, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Ervino Besson, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 091/02, por vinte e sete votos Sim, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Ervino Besson, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 063/02 e a Mensagem Retificativa a ele aposta, com ressalva das Emendas. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por sete votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Adeli Sell e Sebastião Melo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Nereu D'Avila e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por seis votos SIM, doze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por sete votos SIM e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Clênia Maranhão, Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Luiz Braz e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por cinco votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por seis votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 06, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 063/02, por dez votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Pedro Américo Leal e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Estilac Xavier, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, com ressalva das Emendas a ele apostas. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, por quatro votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Ervino Besson, Haroldo de Souza e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador Cassiá Carpes. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, por cinco votos SIM, treze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Cassiá Carpes e João Antonio Dib. Após, foi aprovado Requerimento do Vereador Carlos Alberto Garcia, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente João Batista Pirulito, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Também, foram apregoadas Declarações firmadas pelo Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento dos Suplentes Darci Campani, Berna Menezes e Juberlei Bacelo em assumirem a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Carlos Alberto Garcia. Ainda, por solicitação do Vereador Sebastião Melo, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, por quatro votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Haroldo de Souza, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, por quatro votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Haroldo de Souza, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 06, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, por quatro votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Haroldo de Souza, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e João Batista Pirulito. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 07, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 064/02, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Beto Moesch. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, com ressalva das Emendas a ele apostas. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, por três votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Haroldo de Souza e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, por quatro votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, por quatro votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. A seguir, foi aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, nos termos regimentais. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, por quatro votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 06, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 065/02, por quatro votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador Cassiá Carpes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, com ressalva das Emendas a ele apostas. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, por cinco votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, por cinco votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, João Batista Pirulito e Zé Valdir e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, por seis votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo, Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon e João Batista Pirulito e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, por cinco votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, Zé Valdir e João Batista Pirulito. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 06, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 066/02, por seis votos SIM e quatorze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Fortunati, tendo votado Sim os Vereadores Cassiá Carpes, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Elói Guimarães, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Sofia Cavedon, Zé Valdir e João Batista Pirulito. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 067/02 e a Mensagem Retificativa a ele aposta, por dezenove votos SIM e cinco votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac Xavier, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon, Zé Valdir e João Batista Pirulito e Não os Vereadores Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Na ocasião, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando cópias dos relatórios de votação emitidos pelo Sistema Eletrônico de Votações, referentes aos Projetos de Lei do Executivo nºs 062, 063, 064, 065, 066 e 067/02. Às dezenove horas e treze minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores José Fortunati, Carlos Alberto Garcia, Reginaldo Pujol e João Carlos Nedel e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS (Requerimento): Sr. Presidente, o Requerimento é para que possamos ter apenas Pauta e Lideranças, deixando o período de Comunicações sem prejuízo para a próxima Sessão e, a partir daí, entrarmos na Ordem do Dia, para podermos apreciar o Orçamento. Isso foi acordado com os Vereadores presentes.

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): V. Ex.ª está requerendo que o período de Comunicações fique para depois da Ordem do Dia?

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: É isso.

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): É inversão da ordem. Eu consultei o Ver. Sebastião Melo, que é o Vereador presente, e sei que V. Ex.ª consultou a Ver.ª Sofia Cavedon, que também estaria inscrita. Como nós somos o primeiro inscrito, nós concordamos.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, solicitando a transferência do período de Comunicações para após a Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 3330/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 211/02, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que inclui o dia 27 de julho como o Dia da Prevenção de Acidentes do Trabalho no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre e dá outras providências. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. 3453/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 224/02, de autoria do Ver. Ervino Besson, que suprime o endereço do usuário nas carteiras de passagem escolar.

 

PROC. 3477/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 225/02, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que denomina Rua Mário Carvalho um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Belém Novo.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 3397/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 216/02, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Praça Alameda Cristal um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Santa Tereza.

 

PROC. 3410/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/02, de autoria do Ver. Paulo Brum, que oficializa, como evento do Município, a Corrida Rústica de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

 

PROC. 3435/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 076/02, que cria uma Função Gratificada de Vice-Diretor de Escola junto ao Quadro do Magistério Público Municipal.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 1682/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/02, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que denomina Rua Octacílio Gonçalves da Silva Filho um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Botânico.

 

PROC. 3384/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 111/02, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao Radialista Luiz César Gomes de Freitas.

 

PROC. 3405/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 217/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Praça Fernando Freitas da Rosa um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

PROC. 3406/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 218/02, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Praça Carlos Porto da Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

PROC. 3413/02 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/02, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que acrescenta § 3.º ao art. 155 da Lei Complementar n.º 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre).

 

PROC. 3415/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 075/02, que autoriza o Poder Executivo a contratar com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) operação de crédito no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (RELUZ).

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Antes de concedermos a palavra ao Ver. João Antonio Dib, primeiro orador inscrito em Pauta, quero, com muito prazer, anunciar a presença da Dr.ª Maria Emília Alvarez, da Junta Departamental de Maldonado, Edil do Partido Colorado, que é conferencista do 1.º Congresso Regional de Atividade Motora Adaptada, que acontece na PUC, no período de 27 a 30 de novembro de 2002, o que nos dá grande satisfação. Sinta-se em casa.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, uma das coisas de que me orgulho, e por isso quero saudar a nossa representante de Maldonado, é que, no meu currículo, tenho o Título de Ciudadano de Honor de Maldonado. Isso me faz feliz, portanto sinta-se perfeitamente em casa, porque somos, ambos, cidadãos daquele Departamento.

Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, aquele Projeto de financiamento de 12 milhões com a CEEE e a abertura de crédito de mais 4 milhões, como contrapartida da Prefeitura, foi por mim criticado, apesar de ser um projeto patriótico, porque vai reduzir o consumo de energia elétrica e porque também vai diminuir custos para o povo de Porto Alegre. Vai sobrar algum dinheiro para ser investido em obras – e espero que não em CDBs, e, sim, em obras – para melhoria das condições da Cidade. Eu continuo não sabendo quais os termos em que esse contrato será assinado, e isso eu continuo dizendo, o que é uma desatenção do Executivo Municipal - mais uma - com o Legislativo. Isso não deve e não pode continuar assim. Colocam-nos projetos e mais projetos, criam-se cargos e nos pressionam sem que haja tempo nem explicação maior para as razões das criações de cargos e agora das solicitações de financiamento e em que termos será feito esse financiamento. Será que a Prefeitura só funciona nos últimos 60 dias do ano, para nos mandar Projetos de Leis aqui que são absolutamente difíceis de serem resolvidos?

Eu citei aqui, na semana passada, o Projeto de Lei do Executivo cuja matéria entrou no Executivo em 25 de agosto de 1999, e em novembro de 2002 nos dão a matéria que é importante para a Cidade, pois tem muita gente querendo ver aquele problema resolvido, mas nós recebemos em novembro, e as nossas Sessões até o fim do ano são poucas. A Mesa e as Lideranças devem-se reunir para estipular quais os Projetos que serão votados, quantos Projetos do Executivo nós vamos votar. Hoje nós temos seis orçamentos para serem votados e continuamos, ainda, com dificuldades de entender alguns dos Projetos encaminhados pelo Executivo ao Legislativo, porque não têm informações maiores.

Eu pedi, na 1.ª Sessão de Pauta do Processo do IPTU Rural, que mandassem os valores hoje em vigor daquelas alterações que o Executivo pretende fazer, e o Secretário disse, hoje pela manhã, em reunião com a Comissão de Finanças, que são terrenos de 2 centavos o metro quadrado. Bom, se passar de 2 centavos para 2 reais, aumentou uma enormidade. É proporcional. Agora, também se tem terreno no valor de 1 real o metro quadrado ao lado de um de 10 reais o metro quadrado, é falta de atenção, é falta de competência. Então, não coloquem a Câmara Municipal em dificuldades como está acontecendo aqui e agora quando nos encaminham mais Projetos.

Hoje, na 1.ª Sessão de Pauta, mais três Projetos de Lei que serão arquivados, mas nós continuaremos estudando os mesmo no próximo ano. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. Volto à tribuna para defender e tentar estabelecer um debate sobre um Projeto de nossa autoria. A Ver.ª Sofia Cavedon nos acena com um belo sorriso. Entramos com um Projeto que modifica, altera o Plano Diretor, no seu art. 155, no que diz respeito ao serviço, à indústria e ao comércio que já estava instalado antes da modificação do Plano Diretor de 1999. Há várias empresas comerciais em Porto Alegre que têm um “x” de metros quadrados, até 3 mil metros construídos, e que a legislação atual diz que se construir mais de 3 mil metros, mesmo se o terreno for de 12 mil metros, ele tem de fazer uma doação de 20% para as compensações.

Entendo, Ver. Beto Moesch, que quando se tratam de empreendimentos novos, perfeitamente isso tem de acontecer. Agora, vamos imaginar que uma empresa, por exemplo, uma madeireira, uma indústria tenha lá dois ou três galpões funcionando. Ela vem crescendo, vem vendendo mais e resolve aumentar mil metros quadrados a mais daquela área já construída; porque é uma área antes do Plano Diretor, dos doze mil metros que já possui, teria que doar 20%. Então, o que ela vai fazer? Ela não vai ampliar a sua área, seja industrial, seja de serviço ou de comércio.

Inclusive, dentro da própria Secretaria de Planejamento Municipal há uma grande discussão - há técnicos que entendem -, porque, no Plano anterior, essas empresas estavam isentas dessa doação. Já com o Plano de 1999, que será revisado no próximo ano – eu acho que esta Casa tem de se preparar para a revisão do Plano Diretor com uma Comissão, como já estiveram aqui, com extraordinários técnicos das mais diversas áreas -, vai-se poder, Ver. Zé Valdir, reajustar uma série de questões que o tempo, nesse período, vai exigindo pelo comportamento da Cidade.

Portanto, este Projeto Lei tem um significado, Ver. Beto Moesch, importante, porque, se a empresa consegue expandir, conseqüentemente, ela trará mais empregos. Depois vou chegar em uma discussão com relação ao seguinte: se aumentar um galpão, não vai aumentar o adensamento daquela área, porque estou aumentando apenas o galpão.

 

O Sr. Beto Moesch: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Apenas quero parabenizá-lo por trazer esse debate importantíssimo. As compensações são previstas, mas não são executadas na prática, infelizmente. Por isso, nós representamos, várias vezes, ao Ministério Público apontando empreendimentos licenciados de forma irregular na cidade de Porto Alegre, que é o comum. Então é importante V. Ex.ª trazer ao debate novamente isso e dizer da importância de V. Ex.ª também estar pautando a revisão do Plano Diretor do próximo ano, que deve ser uma prioridade desta Casa. O Plano Diretor é justamente o planejamento da Cidade; e o atual Plano, a meu ver, na sua maioria, é muito ruim; tem coisas boas, mas ele é muito ruim para o futuro da Cidade e, portanto, é o momento de nós o revisarmos.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu penso que é um debate que, evidentemente, não vai ser só desta Casa, terá que ser liderado por esta Casa, e, portanto, ela deve estar preparada. A futura Mesa Diretora deverá ter como meta - seja quem for dirigir a Casa -, indiscutivelmente, com as Lideranças de Bancada, com o conjunto dos Vereadores, como um dos seus anexos de prioridades, criar, sim, as condições técnicas necessárias para que possamos fazer um debate extraordinário sobre esta matéria. E acho que o Executivo, inclusive, tem de ceder, mesmo que seja temporariamente, os melhores quadros para esta Casa, para ajudar. Porque é evidente que muitas coisas - desde a questão da área agrícola, da produção, onde vários artigos dizem que quem produz não pode pagar nada e, passando por tudo isso que eu estou discutindo aqui -, devem ser revisadas.

Portanto, eu quero deixar aqui, mais uma vez, Sr. Presidente, eu sei que V. Ex.ª também já fez referência a este Projeto, eu acho que ele tem um significativo social muito importante, porque ele vai traduzir mais empregos, e, mais empregos, significam a melhor inclusão social do mundo. São dados empregos para as pessoas, mas não a cesta básica. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, temos dois Projetos em Pauta que são simples, objetivos, mas que trazem no seu bojo verdades importantes para a nossa Cidade.

O Ver. Cassiá Carpes está incluindo o dia 27 de julho como o Dia da Prevenção de Acidentes do Trabalho no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Acho muito importante que se propague, que se estimule a prevenção, para que se evitem acidentes no trabalho.

Ver. Dr. Goulart., V. Ex.ª que trata de Medicina, temos, na exposição de motivos do Ver. Cassiá Carpes, boas notícias. Há trinta anos, o nosso índice de acidentados atingia 14,9% da massa salarial, da massa de empregados - 14% se acidentavam. E, hoje, já não somos mais os campeões mundiais de acidentes do trabalho. Do 1.º lugar, há 30 anos, hoje passamos ao 14.º lugar, o que é muito bom. E, de 14%, há 30 anos, que era o percentual de acidentados, passamos hoje para 1,26%. Ainda é muito, porque, efetivamente, a quantidade da massa salarial aumentou, e o número de acidentes também aumentou. Só que o índice reduziu para 1,26%. Então, cumprimento o Ver. Cassiá Carpes, que nos traz bons informes a esse respeito, incentivando a divulgação e a promulgação desse Dia da Prevenção de Acidentes do Trabalho.

Um outro Projeto, do Ver. Ervino Besson, a título de segurança - a nossa grande dificuldade hoje -, está pedindo que se retire o endereço do usuário da carteira estudantil. Atualmente, na carteira do estudante consta o nome do aluno. E com esses inúmeros assaltos que têm ocorrido, essas tristezas que têm ocorrido, a primeira coisa que os assaltantes fazem é tomar os documentos do aluno, apanham o seu endereço e ainda vão assaltá-lo na sua Casa ou acompanham a pessoa ou ainda, se a pessoa der queixa, ele vai tomar represálias na sua residência. Um Projeto aparentemente simples, mas de grande profundidade e que protege as pessoas neste mundo e nesta Cidade, onde temos sérias dificuldades de segurança.

E mais um Projeto do Ver. Adeli Sell. O Ver. Adeli Sell deve estar cansado de pedir as coisas e não conseguir e coloca um Projeto Autorizativo, sim, para que as autoridades municipais lembrem-se que têm de cumprir, que têm de fazer as coisas, que têm de ter iniciativas.

O Ver. Adeli Sell está pedindo que a EPTC adquira meios de transportes adequados, como guinchos e mecanismos necessários para retirar animais de grande porte das ruas do Município.

Ora, Sr. Presidente, é obrigação do Município ter equipamentos e meios adequados para esse fim - todo o mundo sabe -, mas não se adquire e por isso o serviço não é realizado.

Portanto, o Projeto do Ver. Adeli Sell, embora autorizativo, deve ser aprovado para lembrar as autoridades da sua obrigação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Luiz Braz, estamos muito contentes com a vitória do nosso time, ontem.

Período de Pauta, período para nós discutirmos as proposição que tramitam nesta Casa, e, ao final do ano Legislativo, temos em torno de quinze proposições oriundas da maioria dos Srs. Vereadores e das Sr.as Vereadoras e também do Poder Executivo.

E nós estamos tratando, Ver. Ervino Besson, de discussão de matéria que estão na Casa. Quero saudar o Ver. Besson, que hoje pela manhã participou da discussão do que tramita na Casa com muito empenho, com muito destaque, em uma iniciativa do Ver. Sebastião Melo, discutindo Projeto de Lei que altera pequenos dispositivos, relativamente à questão do IPTU. E numa promoção da Comissão de Finanças e do Mercosul, verificou-se hoje o clamor dos produtores da Região Sul, no sentido de que os Srs. Vereadores e as Sr.as Vereadoras apreciem a proposta que se encontra na Comissão de Constituição e Justiça, pedindo que a matéria seja mais discutida, porque ela vem ao encontro daqueles que defendem os que produzem na Zona Sul. Há uma remissão de dívidas de dois anos, oriundas depois do Plano Diretor. O Ver. Ervino Besson fez algumas observações sobre a questão, afora a questão da área territorial, da cobrança ou não, também, da construção propriamente dita, e, participando desse debate, o Ver. Ervino Besson, que representa de forma significativa aquela parcela da população, contribuiu de forma consistente para um debate que a sociedade está exigindo desta Casa. Destacamos também aqui na Pauta uma iniciativa do Poder Executivo que solicita autorização para contratar... Ver. João Carlos Nedel, que tem trabalhado esta matéria, é a última proposta, com a interveniência da CEEE, com a ELETROBRÁS, no sentido de diminuirem-se os custos com iluminação pública, ou seja, na substituição dos equipamentos, das lâmpadas, de relés, numa operação de crédito que orça em torno de 12 milhões de reais. Esse Projeto Reluz é discutido nacionalmente. Os municípios hoje acham-se onerados pelo gasto com iluminação necessária, inclusive para segurança nas nossas vias públicas, e essa proposta que foi discutida nacionalmente, cujo nome é Projeto Reluz, vem diminuir os custos dos municípios brasileiros com a substituição de equipamentos, lâmpadas e demais peças, fazendo com que as cidades fiquem iluminadas, com uma iluminação de melhor qualidade a um custo mais barato. É uma operação, Ver. Pedro Américo Leal, que tem a ver também com a segurança, uma operação de crédito em torno de 12 milhões de reais. É um Projeto de grande repercussão na Cidade, afeta a vida do cidadão e da cidadã, e bom seria que pudesse ser apreciado ainda durante este ano Legislativo. Não sei se vai ser possível. Estamos com apenas duas semanas para encerrarmos esta etapa desta Legislatura, deste ano Legislativo, mas ele é um Projeto importante que viéssemos a apreciar e ainda a votar, porque tem a ver com a qualidade de vida, com o embelezamento da Cidade e, acima de tudo, além da diminuição de custos, com a questão da segurança dos nossos munícipes.

Portanto, há uma Pauta ainda rica que merece a atenção dos Srs. Vereadores, e, se não for possível votarmos neste final de ano, poderemos fazê-lo logo que iniciar o ano de 2003. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, o Projeto que o Ver. Juarez Pinheiro analisou da tribuna já foi objeto da nossa atenção, inclusive solicitei ao Ver. Marcelo Danéris e à assessoria parlamentar do Governo Municipal, do Partido dos Trabalhadores, que diligenciasse numa minuta do contrato a ser firmado com a Companhia Estadual de Energia Elétrica, o qual eu tenho a absoluta certeza de que é bem elaborado, claro, e que, juntado aos autos, facilitaria sobretudo no encaminhamento do processo, até, quem sabe, gerando condições para que se votasse ainda no corrente ano. Parece-me ser um Projeto que em nada nos autoriza a retardar o seu andamento, até porque esse programa que a Companhia Estadual de Energia Elétrica representa aqui no Estado é um programa que é uma decorrência do Governo Federal; o Programa Nacional de Iluminação Pública eficiente, e nasceu, inclusive, daqueles programas do racionamento da energia elétrica no Centro do País, onde o consumo de energia nas vias públicas pode e deve ser reduzido em 40%, com economia para o órgão responsável e com uma economia para a própria Nação, que deixa de utilizar para uma finalidade essa demanda energética sem prejuízos para os seus objetivos, porque a substituição da lâmpada a vapor de mercúrio por sódio enseja uma melhor iluminação com um consumo menor ainda. É um custo que, ao longo do tempo, fica absolutamente compatibilizado.

 

O Sr. Juarez Pinheiro: V. Ex.ª me permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pujol, eu aproveito para dizer que subscrevo totalmente as suas colocações sobre o tema, e também quero saudá-lo pelo Parecer, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, na semana passada, onde V. Ex.ª, em bem lançadas linhas, possibilitou que Porto Alegre possa vir a ter, em breve, um dos parques mais qualificados, em termos de preservação do meio ambiente, chamado de Parque Alemanha, que é uma expectativa muito grande, há muitos anos, dos moradores da Região Norte da Cidade. V. Ex.ª, com o seu Parecer, viabilizou esse Projeto importante para a Cidade, há uma troca de áreas públicas com área privada e há viabilização de um grande Parque na Zona Norte da Cidade. Parabenizo V. Ex.ª pela iniciativa e pelo brilho do Parecer.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Obrigado. Voltando aos assuntos da Pauta, o Ver. Sebastião Melo traz à discussão preliminar a sua iniciativa, um Projeto, Ver. Elói Guimarães, de grande significado, porque ele quer acrescentar um item ao art. 155 da Lei Municipal, que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, com a finalidade de retirar restrições àqueles incrementos de atividade empresarial na área do comércio, indústria e serviço. É um Projeto que, como bem salientou o autor, tem uma finalidade última, ou seja, aumentar o mercado de trabalho na cidade de Porto Alegre, aumentar os postos de trabalho. Certamente esse Projeto vai ser objeto de bons debates aqui na Casa, eu estou querendo participar, e sou sempre alertado do pequeno espaço de tempo de que dispomos para falar sobre matéria, fazendo com que não consigamos objetivar com maior profundidade a nossa opinião. De qualquer forma, a própria redação, Ver. Isaac Ainhorn, do § 3.º proposto pelo Ver. Sebastião Melo, dá a dimensão da proposta, quando diz: “A restrição da aplicação não abrange ampliação ou construção de prédios destinados à indústria, ao comércio e ao serviço das empresas já estabelecidas no Município, antes da promulgação da Lei Complementar n.º 434, de 1999”. É excelente a proposta, eu me uno a ela e quero inclusive, Ver. Sebastião, andar junto com V. Ex.ª na busca de uma célere tramitação desse Projeto para que ele possa, imediatamente, produzir os seus efeitos, não aguarde a anunciada reavaliação do Plano Diretor; pois sabem os Vereadores mais antigos da Casa, especialmente o Ver. Elói Guimarães, que é o mais antigo, que muitas vezes essas coisas são anunciadas, dizem que vão reavaliar, vão fazer e acabam não fazendo. Vamos fazer aquilo que nos cabe fazer desde já. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel, colegas Vereadores e colegas Vereadoras. Eu quero aproveitar o gancho aqui do Ver. Juarez Pinheiro sobre o Projeto do Parque Alemanha. Quanto a permuta dessas áreas, elas vieram para a Casa no dia 30 de outubro, foi distribuído o Processo no dia 1.º de novembro. Primeiro quero, mais uma vez, ratificar a agilidade da Casa, porque há Projetos na Comissão de Justiça que estão lá há seis meses, sete meses e não saem da Pauta. Este recebeu um Parecer rapidamente e a Procuradora da Casa também foi rápida para dar um Parecer prévio. Eu fui lá, Ver. Luiz Braz e pedi uma diligência com relação a várias questões, já li a maioria dos documentos e quero dizer que a nossa diligência não foi atendida na sua totalidade, mas existe uma questão, Ver. Elói Guimarães, que eu queria saber - e V. Ex.ª é Presidente da Comissão de Justiça -: como é que esta matéria pode ser tratada? Eu pedi uma diligência à Prefeitura de Porto Alegre e a maioria da minha diligência foi respondida por um escritório de advocacia de Gilberto Paz Guaspari e Luís Felipe Varella. Eu queria saber se, de acordo com o Regimento da Casa, quando a gente pede uma informação ao Poder Público Municipal se quem responde é o escritório de advocacia; são advogados da Condor. Eu só queria saber se isso é legal, é regimental. Porque eu confesso que já vi coisas nesta Casa, mas, como isso, eu não vi. Eles poderiam até ter dado um Parecer, mandar para a Prefeitura, mas me disseram: (Lê.) “Ex.mo Sr. Ver. Sebastião Melo. Prezado Senhor, pela presente, na condição de Procuradores da Condor Empreendimentos Imobiliários S/A, constituídos para o patrocínio das ações judiciais tendo por objeto o IPTU incidente sobre os imóveis que foram de sua propriedade, em atenção ao Pedido de Diligência formulado por V. Ex.ª ao Dr. Elói Guimarães...” Então, queria saber se o Regimento da Casa mudou, se quando a gente pede uma diligência para a Prefeitura, quem responde é um escritório de advocacia. Talvez, possa ter mudado, e eu não seja sabedor disso. Portanto, continuo analisando essa matéria e até disse ao meu Presidente que achava que ela não poderia ter sido votada antes da diligência, porque eu tinha que ser notificado, e não o fui; apropriei-me dela sem ser notificado, e se não fui notificado oficialmente, acho que a diligência perdurava, porque podem me mandar duas caixas de papéis que não pedi, portanto, eu tenho que analisar a matéria. Mas vou adentrar e vou reservar para quando tiver-me apropriado de todos os dados.

Temos em Pauta, aqui, Ver. Raul Carrion, o Projeto chamado Radial Anita que está umbilicalmente ligado com a questão do Parque Alemanha, e não gosto e não aceito aquela tese de colocar uma comunidade contra a outra, a do Banco dos Olhos contra a Guanela, a Guanela contra a do Banco dos Olhos. Temos que resolver aqui e agora, Ver. Raul Carrion, uma alternativa, junto com esse Projeto, que resolva essa questão da Radial Anita. Se é tão importante e tão rápido para o Governo votar o Parque Alemanha - nunca vi tal rapidez, e mandei levantar todos os Processos da Comissão de Justiça... Que rapidez! Vamos ter que ter a capacidade de encontrar um denominador comum, porque tem gravames naquelas áreas ali. Esse Projeto está aqui há muito tempo, e ninguém vai me dizer que ele não tem um link, porque tem um impacto do ponto de vista do trânsito, que já foi causado pelo Bourbon, enormemente, talvez maior do que as trinta e quatro torres, mas a construção das trinta e quatro torres tem a ver com a questão do trânsito. Quero resolver essa questão casadamente, porque a questão do Anita tem a ver com a questão do Parque Alemanha, e acho que tem alternativa sim. Agora, queria que o Governo viesse aqui me responder se quem responde Pedido de Diligência da Prefeitura é o escritório de advocacia ou a Prefeitura. Se é escritório de advocacia, me digam a banca que eu tenho que pedir, porque da próxima vez vou formular diretamente à banca de advocacia e não vou formular ao Prefeito Municipal. Eu quero saber disso, até porque eu tenho uma série de diligências a pedir e eu quero saber a quem eu devo-me dirigir. Volto a dizer: em resposta ao Pedido de Diligência uma banca de advocacia, advogados da Condor estão tentando aqui responder, e eu quero dizer que isso para mim – para não dizer um palavrão –, é uma relação muito tumultuada da Prefeitura com determinados setores de empreendimentos aqui da Cidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Vereadoras, o Ver. Sebastião Melo no exercício pleno de sua ação de fiscalização, no que anda muito bem, trouxe algumas questões sobre as quais se fazem imprescindíveis alguns esclarecimentos: questões da Comissão de Constituição e Justiça. Evidentemente que a Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Sebastião Melo, tem os seus critérios. E há matérias que, dado a sua repercussão no campo econômico, a sua repercussão no campo social, têm, evidentemente, tramitação diferenciada. Isso é uma realidade que acontece neste Parlamento e em outros Parlamentos brasileiros, talvez nos Parlamentos do mundo nos mais diferentes momentos da história legislativa dos Parlamentos.

Quanto à questão outra trazida aqui evidentemente competirá ao Partido do Governo trazer respostas no que respeita ao atendimento da diligência feita pelo Ver. Sebastião Melo. Eu devo dizer que, tão logo recebi o Pedido de Diligência do Ver. Sebastião Melo, imediatamente deferi. Porque deferi imediatamente? Para que a matéria não sofresse delongas. Por quê? Trata-se de um empreendimento importante, muito importante para Cidade, extremamente importante! Agora, se tem irregularidades, temos que apontá-las. Agora, não será, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, pela falta de uma tramitação rápida que nós vamos criar alguns entraves a esse investimento. É um investimento de porte numa área importante da Cidade, cujos cuidados trazidos pelo Ver. Sebastião Melo são absolutos e inquestionáveis.

Agora, nós, enquanto instrumentos legislativos, não podemos, de forma nenhuma, criar obstáculo à rápida e fácil tramitação dessa matéria, porque se criarão milhares de metros quadrados de habitação. Isso aí tem significações econômicas importantíssimas e também tem a ver... Imaginem que nós estamos nessa luta com falta de emprego, não há emprego, nós estamos com uma taxa de desemprego, no País, em Porto Alegre e no Estado muito grande. Então, nós temos que ser, por assim dizer, expeditos nessa matéria. Isso não significa dizer que não devamos, como o Ver. Sebastião Melo está fazendo, fiscalizar, procurar saber detalhes, etc. e tal. Então, tão logo recebi o Pedido de Diligência, deferi. Já tinha distribuído o Processo ao Ver. Reginaldo Pujol, que é o Relator, que por assim dizer, tem a competência para a matéria; tão logo chegaram as informações, delas o Ver. Reginaldo Pujol, Relator, tomou ciência e deu curso ao seu Parecer, que foi aprovado.

Quanto a alguns atrasos na Comissão de Constituição e Justiça, algumas matérias têm, mas eu até gostaria de dizer que é uma Comissão que tem trabalhado muito, porque toda matéria, todo processo passa pela Comissão de Constituição e Justiça, além da questão ligada à redação final.

Eu cumprimento V. Ex.ª, Ver. Sebastião Melo, que está no papel de fiscalizar e oferecer todas as ações no sentido de que tudo saia e corra da melhor forma possível. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente dos trabalhos, e Srs. Vereadores, algum tempo atrás na tribuna desta Casa apresentei fotos chamando a atenção para a obra do Paço Municipal. O início da obra foi em outubro de 2000 e tinha o seu término previsto para outubro de 2001. Aqui estão as fotos da obra do Paço Municipal: 1.º de agosto de 2000, início da obra; término da obra, 24 de outubro de 2001. (Mostra as fotos.) Quando denunciei isso no início do ano, prontamente a Secretaria Municipal de Obras encarregou-se de alterar a data e, sem o menor pudor, ao invés de colocar que foi prorrogado o prazo até outubro de 2002, simplesmente apagou o 2001 e tocou-lhe um “2”; ganhou mais um ano na placa por um golpe de mágica.

Pasmem V. Ex.as, Srs. Vereadores, a obra do Paço Municipal, que teve início em agosto de 2000 e cuja previsão informava que em outubro de 2001 se daria o seu término, não foi cumprida. Daí o que fizeram? Prorrogaram e informaram que o término da obra seria em outubro de 2002. Está lá para quem quiser ver, lá no Paço Municipal, na Praça Montevidéu, a placa informando a data da segunda entrega prometida do Paço Municipal: outubro de 2002. Não aconteceu, já estamos entrando em dezembro e não há a previsão de entrega da obra do Paço Municipal.

É por isso, e não é por acaso, que o Orçamento Participativo entrou em colapso no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. São por essas coisas, e não só por essas, pois há outras placas na Cidade, cujo término das obras estava previsto para 2001 e que ficou para o ano 2002, porque simplesmente, nas placas, apagaram o número 1. É assim que se comporta a transparente Administração petista na Capital, hoje comandada pelo Sr. João Verle.

Aliás, o Jornal da Restinga fez uma interessante enquete, perguntado “Quem é João Verle? Conheça João Verle.” Para 30 pessoas perguntaram quem é o Prefeito de Porto Alegre. Das 30, parece-me, 27 ou 28 não sabiam que o Sr. João Verle era o Prefeito de Porto Alegre. Mas essa é uma questão menor, porque ele foi eleito para o cargo de Vice-Prefeito. Quem foi eleito para o cargo de Prefeito e renunciou foi o Sr. Tarso Genro; e ele deu a sua palavra de que cumpriria o mandato de quatro anos e não cumpriu.

Agora, daí a atrasar obras, informar mal, através das placas, dar prorrogação de prazo para obras previstas e não cumprir, causando danos ao erário, é outra coisa. Enquanto que a obra do Paço Municipal está paralisada e não anda, o que acontece? A Administração Municipal responde por suas atividades no Edifício Moura Azevedo, 155. Aliás tem muita gente que tem escritório ali, onde há corretoras de turismo, negócio de turismo, empresa de turismo - Edifício Comendador Azevedo, Rua Uruguai n.º 155. Naquele número ali tem muita gente que tem escritório, gostam muito daquele edifício, não é verdade, Ver. Estilac Xavier? Então, há um prejuízo notório, Vereador, ao erário. Por quê? Porque estão sendo pagos aluguéis caros pelas salas e pelos imóveis do Edifício Comendador Azevedo, Rua Uruguai n.º 155, enquanto que as obras do Paço Municipal andam a passo de tartaruga. E o PT não explica. E o gasto previsto nos Orçamentos de 1998, 1999, 2000, 2001, o último foi de 600 mil reais, já está em 1 milhão e 400 mil reais a verba orçada para as obras do Paço Municipal. No entanto, sem transparência, risca, informa mal a população e revela, infelizmente, isso que está acontecendo nas obras da Cidade de Porto Alegre: um atraso, um desrespeito à população que não vê atendido o cumprimento dos prazos programados em relação às obras. Está lá, “outubro de 2001”, já com prorrogação, o Paço Municipal. Já se passou novembro, estamos entrando em dezembro e a obra não foi entregue. E o que acontece com a obra? Está lá parada. Está aqui a obra, a primeira placa dizia 2001, agora a segunda já diz 2002 e já está indo para 2003. É assim que se comporta a Administração. Eu desafio qualquer Vereador do PT que justifique e explique esse absurdo aqui. E enquanto isso fica cedendo, sem custo, prédio, terrenos lá no Parque Arvoredo, para uma entidade privada - que até hoje eu não recebi explicação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem, quando a Casa aqui discutiu e votou.

 

(Conversas paralelas.)

 

Sr. Presidente... (Pausa.) Peço que recomece o meu tempo, não tenho condições.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Vou- lhe assegurar o seu tempo.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ontem, quando a Casa votou o Orçamento do Município, nós tomamos uma posição fundamentada na necessária transparência da Lei de Meios do Município, que, a nosso juízo, estava comprometida. Isso nos dá claro o nosso compromisso com a transparência dos atos públicos e disso não estão liberados sequer os integrantes desta Casa, e, obviamente, nos enquadramos no rol daqueles que devem transparência de seus atos perante a opinião pública. Foi comentado, aqui da tribuna, pelo meu prezado amigo, diligente Ver. Sebastião Melo, com surpresa, que numa matéria de grande interesse público tramitando nesta Casa, nós fomos extremamente diligentes por termos, logo após o atendimento de uma diligência por ele solicitada, emitido o Parecer e dadas condições para que o mesmo merecesse a aprovação unânime por parte da Comissão de Constituição e Justiça. Sobre determinados aspectos, ainda que os cumprimentos sejam irônicos, pela minha diligência, me é confortável.

Quanto ao discurso anterior do Ver. Isaac Ainhorn, Líder do PDT, contrário à procrastinação das obras desta Casa, eu acho que é possível ser abrangente, acho que todas as coisas que fazemos na vida com o objetivo de protelar determinadas situações, pura e simplesmente devemos evitá-las. Eu reconheço a qualquer um dos integrantes da Casa, em qualquer um dos processos, o direito de ter dúvida, de fazer diligência, de buscar esclarecimento. É um direito regimental e legítimo. Não me parece correto, da minha parte, que sou diligente em todos os pareceres que dou na Comissão de Constituição e Justiça - e todos eles são dados dentro do prazo -, que por ser essa uma matéria de maior ressonância, de maior repercussão, com a qual tenho convivido, e comigo a grande maioria desta Casa, convidada que foi para audiências públicas e outras situações, que nós venhamos a nos manifestar serodiamente apenas porque se trata de um Projeto amplo e de grande profundidade. Quando recebi do Ver. Elói Guimarães, dentro do rodízio da distribuição dos Projetos na Casa, a incumbência de dar esse relatório, eu, imediatamente, me coloquei nesse objetivo. E, aliás, o Ver. Elói Guimarães, até no que poderia ser entendido como excesso, deferiu a diligência requerida pelo Ver. Sebastião Melo, quando este Projeto já estava nas minhas mãos, porque já éramos o Relator designado, e deveríamos, até formalmente, ser consultados da conveniência ou não da diligência. Entendemos que era absolutamente tranqüilo e, dentro de tudo aquilo que a gente faz transparentemente na nossa Comissão, a diligência podia e devia ser atendida. E nós vamos trabalhar em cima do Projeto, até porque grande parte das questões formuladas na diligência não tinham que ver com o Projeto em si, com o Projeto formalmente apresentado, e eram algumas indagações sobre o projeto urbanístico que deverá ser desenvolvido e que passa por outro tipo de análise, que não a análise da Comissão de Justiça, que, no caso, estava decidindo, como efetivamente decidiu, se era legal, se era adequado o procedimento que o Executivo no caso tinha tomado. Coube-me analisar sob esse aspecto. Analisei com profundidade, tanto que ofereci uma Emenda de Relator que também foi aprovada, numa demonstração de que o assunto não é desapercebido para mim.

Ora, colocar-se de outro ângulo poderia parecer que estaríamos silenciando em função de que o nosso relacionamento pessoal, muito íntimo, com o Ver. Sebastião Melo, e a nossa coincidência de opinião em grande parte nesta Casa, haveria de, para evitar o que poderia parecer uma desinteligência no bloco de oposição da Casa, fazer com que eu fosse silenciar. Não vou silenciar. Tenho absoluta certeza da transparência dos meus atos, tenho absoluta certeza da correção dos meus atos, tenho absoluta certeza de que V. Ex.ª age bem quando se preocupa. Se V. Ex.ª não está esclarecido, faz muito bem em buscar-se esclarecer. Pessoalmente estou esclarecido, e acho, até, que num projeto urbanístico, de uma forma muito inteligente, os idealizadores do projeto acabam viabilizando qualquer uma das hipóteses do assunto que tanto preocupa a V. Ex.ª e preocupa a todos nós, o prolongamento da Rua Anita Garibaldi, cujas duas projeções que a Casa terá, cedo ou tarde, de enfrentar, se encontram contempladas no Projeto.

Por isso, Vereador Presidente, eu vim à tribuna, por segurança, e é a melhor forma que eu tenho de homenagear o Ver. Sebastião Melo. Ver. Sebastião Melo, V. Ex.ª não se equivoca: eu sou diligente, mas, sobretudo, sou transparente, e mais do que isso, sou responsável por aquilo que faço. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, não pretendia usar o tempo de Líder para que pudéssemos, imediatamente, iniciar a votação dos seis Orçamentos que o Executivo Municipal nos encaminhou.

Mas eu sou Engenheiro e vi o brilhantismo do pronunciamento do Ver. Isaac Ainhorn. Por isso não posso deixar passar assim.

Em um prédio centenário, como é o Paço Municipal, não se pode estabelecer uma reforma e marcar a data de conclusão. A Administração Municipal cometeu um erro gravíssimo marcando uma data de conclusão das obras. Para quem conhece, sabe muito bem que o prédio estava completamente tomado por cupins. Foram fazendo a reforma dos pisos; o salão nobre tinha alguma dificuldade de receber cem pessoas, já tinha problemas; os outros pisos já estavam deteriorados. Mas, quando se começa a mexer numa coisa, vem outra; descobre-se que as esquadrias só têm pintura, porque o resto o cupim comeu. Então, para esse tipo de obra não se faz previsão de conclusão, de jeito nenhum! É só lembrar o Theatro São Pedro. É verdade que, para o Theatro São Pedro, faltou dinheiro, mas tinha o entusiasmo da Dona Eva Sopher. Mesmo assim, com todo aquele entusiasmo, com todo aquele carinho, o Theatro levou anos para ser recuperado. A reforma do prédio do Paço dos Açorianos vai levar mais tempo do que a Prefeitura pretendeu e imagina. Se a Prefeitura tivesse alguma experiência, era só olhar, na frente, o Mercado Público, que não era igual ao prédio do Paço, era mais fácil. E levaram muito mais tempo do que imaginavam, inclusive alguns feirantes lá tiveram os seus bens perdidos, quebraram.

O Ver. Reginaldo Pujol colocou aqui o problema do Parque Alemanha e do Loteamento e Conjunto Germânia. Eu já havia falado, no primeiro dia em que o Projeto entrou em Pauta, que ele entrou na Prefeitura no dia 25 de agosto de 1999 e, na Câmara, na primeira quinzena de novembro.

Ora, é uma coisa que interessa muito a toda a coletividade e que não foi resolvida ainda, porque a Prefeitura nem ao menos mandou um Projeto à altura para que pudéssemos examinar. Foram feitas audiências públicas, medidas foram tomadas, nós vamos ter um enorme parque urbanizado. Isso é bom para a população, mas, a Prefeitura só tem pressa em algumas coisas; não tem pressa em encaminhar os Projetos para esta Casa. E também tem pressa para botar o dinheiro no sistema financeiro.

Estava olhando, hoje, foi publicado o balanço do mês de outubro - já que estamos discutindo o Orçamento -: em IPTU, durante 10 meses, arrecadaram 94 milhões e 200 mil reais, e a previsão da Prefeitura é de 92 milhões - vai arrecadar mais do que os 104 milhões de reais que estavam prevendo para o próximo ano; de Imposto de Renda na fonte arrecadaram 40 milhões de reais, para todo o ano e, em 10 meses, arrecadaram 39 milhões e 800 mil reais e ainda há três parcelas para receber, de novembro, dezembro e do 13.º salário.

Há poucos dias, o Ver. Juarez Pinheiro, com a sua responsabilidade, dizia que, quando chega novembro, o fim do ano, a arrecadação decresce.

De ICMS, a previsão da Prefeitura é de 191 milhões de reais. Ela arrecadou 154 milhões, só que, mês a mês, está crescendo. Este mês, a Prefeitura arrecadou 23 milhões e 100 mil reais. Da transferência de recursos do FUNDEF, para o qual a Prefeitura previa 42,5 milhões, já arrecadou 36 milhões e 400, tem mais dois meses, logo, também vai superar.

Então, há muito dinheiro na Prefeitura. Mas dinheiro não faz obra, como a do Paço dos Açorianos, de forma celerada, e não se pode marcar data nesse tipo de obra. Agora, algumas outras obras que já poderiam ter sido realizadas com o dinheiro dos CDBs, por exemplo, o problema do conduto forçado Álvaro Chaves, para o qual, no orçamento do próximo ano, está previsto um empréstimo de 4,5 milhões de reais, para quem tem 150 milhões em CDBs. Saúde e paz! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Ver. Nedel, presidindo os trabalhos nesta ocasião, venho, aqui, em nome do Ver. Marcelo Danéris, Líder da nossa Bancada, colocar, um pouco, a posição do Governo, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, sobre a questão levantada pelo Ver. Sebastião Melo, do Parque Alemanha.

Primeiro, é fundamental nós esclarecermos que a discussão desse Projeto já vem se desenvolvendo, ele vem sendo debatido na Prefeitura, não só na Prefeitura, mas com o conjunto daquela comunidade, há vários anos. É um Projeto que possibilita – talvez o Ver. Sebastião Melo não saiba – a regularização da ocupação da Vila Alóis Kades, e o Parque Alemanha estava condicionado à solução desse espaço.

A idéia do Projeto – eu tive a oportunidade de conhecê-lo – é a de viabilizar para a população da região Norte acesso a uma área a que, hoje, as pessoas não têm acesso. Ou seja, vai criar um parque que tem, em termos de metragem quadrada, o dobro do exigido na Lei; vai viabilizar à população o acesso àquela área, já que aquela área não está urbanizada e, por conseqüência, a população daquele bairro não pode usufruí-la. Foi um processo construído por parte da Prefeitura, com o conjunto dos moradores. Inclusive houve uma série de audiências públicas para garantir o Projeto sob o seu ponto de vista ambiental, que é o elemento central. Ou seja, não foi um Projeto que, simplesmente, foi apresentado e a Prefeitura aprovou. Não. Ele foi construído com o conjunto daquela comunidade. Ele qualifica toda aquela região da Zona Norte e possibilita, de fato, que a população venha a usufruir daquele espaço.

A denúncia que o Ver. Sebastião Melo faz, infelizmente, é mais uma das suas tantas denúncias, que não têm o menor fundamento. Quando ele vem aqui ponderar para nós que nas diligências vem uma manifestação de um escritório privado, um escritório particular, é porque, obviamente, em função das exigências da comunidade e exigências legais, houve uma troca de área - o proprietário da área é particular -; por conseqüência, ele informou os dados sobre aquela propriedade. E só o proprietário dessa área particular poderia ter prestado esses esclarecimentos, porque a área ainda lhe pertence. Então, esse Projeto tem a qualidade de, se não me engano, possibilitar um parque de mais de 70.000 m2, ou seja, mais um parque, mais um “pulmão verde” para a nossa Cidade, que, infelizmente, não tem o apoio do nosso Ver. Sebastião Melo, que insiste com denúncias que não têm o menor fundamento. Inclusive a Comissão de Justiça desta Casa, como já relatou aqui o Ver. Reginaldo Pujol, já se manifestou quanto à legalidade do Projeto dizendo que o Projeto é perfeitamente legal. Então, é um Projeto que teve a aprovação do Executivo, que passou por uma relação forte de debates e discussão com a comunidade, que teve audiências públicas e que teve a sua legalidade aprovada pela Comissão de Justiça desta Casa. Nós deveríamos saudar este Projeto, porque ele cria para a população de Porto Alegre um parque que vai melhorar, e muito, as condições de vida da nossa Cidade, em particular da população da região Norte de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Ex.mo Ver. João Carlos Nedel, que preside os trabalhos; demais Vereadores e Vereadoras, todos os que nos assistem aqui e nas suas casas, o jornal de hoje estampa em manchetes: contas públicas: Governo fechará 2002 com 100 bilhões de reais em caixa, desse montante 45 bilhões estão vinculados ao pagamento das dívidas.

E eu vejo, às vezes, Ver. Dib, alguns Vereadores desta Casa questionarem um pequeno saldo que o Executivo Municipal mantém para arcar com os necessários compromissos. E o que nós vemos é uma saúde sucateada, uma educação demolida, a falta de saneamento, de um salário mínimo decente, a falta de habitação. O Governo Federal termina o ano com 100 bilhões de reais em caixa e ninguém se manifesta, como se isso fosse normal!

Tantas carências, Ver. Haroldo, do nosso povo e o Governo Federal com 100 bilhões em caixa. Dez vezes o Orçamento do nosso Estado e o nosso Estado tendo que, religiosamente, pagar 13% das suas receitas para o Governo Federal.

Se nós analisarmos os dados econômicos, veremos que a renda per capita, quando o Sr. Fernando Henrique Cardoso assumiu era de 3.464 dólares, em 2001, sem considerar toda a queda deste ano; já era 2.923 dólares. Simplesmente 550 dólares a menos, de perda, só durante os 8 anos de Fernando Henrique. O dólar, quando ele assumiu, era 0,85 reais; hoje, quase 4 reais. Aí está a explicação da crise de grandes empresas nacionais como a VARIG, praticamente em situação de falência, fruto de 8 anos de um governo que entregou o País, entregou as riquezas da Nação, liquidou com os direitos dos trabalhadores, liquidou com os direitos do aposentado e do nosso povo, e encerra o oitavo ano com 100 bilhões em caixa. O PIB estagnado, 1,2%; as previsões de crescimento abaixo do crescimento habitacional. Ver. Goulart, o senhor, que é um lutador pela saúde, enquanto o SUS está sucateado, 100 bilhões de reais nos cofres de Fernando Henrique ao final deste ano. Para quê? Para pagar os banqueiros internacionais. A inflação está atingindo dois dígitos. Todo esse sacrifício em cima de uma explicação: pagar a dívida e acabar com a inflação. Inflação: 10%, que eu acho que esse índice é para quem não vai ao supermercado, porque o arroz já está 2 reais; o açúcar já está quase um e meio. Meus amigos e minhas amigas, só a dívida pública, quando o Sr. Fernando Henrique assumiu, era de 60 bilhões de reais. Hoje, são 820 bilhões de reais. Por tudo isso temos de sorrir quando o Sr. Fernando Henrique, que vai entregar esse passivo para o povo brasileiro, diz que o Brasil está pronto para dar um salto! Eu acho que o salto que o Sr. Fernando Henrique pensa é o salto à beira de um precipício. Mas o povo brasileiro, com grande sabedoria, dia 27 de outubro, escolheu o novo caminho para o Brasil, um caminho de soberania, um caminho de democracia, um caminho dos direitos do povo, e, certamente, a partir de primeiro de janeiro, numa grande unidade nacional, com o apoio, além dos partidos que o elegeram, com o apoio do PPS em nível nacional, com o apoio do PTB em nível nacional, com o apoio do PDT em nível nacional, e com o apoio de todos os patriotas nós construiremos esse grande Brasil que todos nós merecemos.

Portanto, a denúncia deste Governo que sai com 100 bilhões em caixa para pagar os banqueiros, enquanto que o povo está na miséria, mas com o grito de esperança num novo Brasil que começará em 1.º de janeiro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de trazer a esta tribuna os encaminhamentos que nós estamos fazendo nesta Casa através da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, Comissão que eu tenho a honra de presidir, sob a Vice-Presidência do Ver. Cassiá, do Ver. Pestana, do Ver. Paulo Brum e do Ver. Almerindo Filho. Além da luta pelos direitos humanos, temos a responsabilidade de encaminhar as questões em defesa dos consumidores do nosso Município e do nosso País, evidentemente. O aumento de preços dos mais diversos produtos, nesses últimos dias, tem posto em absoluta insegurança a nossa sociedade, considerando o momento político de transição que estamos vivendo e pelas experiências históricas de altos índices inflacionários na nossa sociedade. Com essa preocupação realizamos uma reunião com a presença de várias entidades de defesa do consumidor, com a Defensoria Pública do Estado, em parceria com o Fórum Estadual de Defesa do Consumidor. Várias medidas foram recomendadas aos nossos consumidores, e destaco entre elas o grande risco das compras a prazo, com altos juros, neste momento, em nosso País, onde os bancos reinam com absoluta supremacia, definindo altíssimas taxas de juros.

Foi amplamente discutido e será tema da próxima reunião que acontecerá na próxima sexta-feira, a atribuição da Comissão no sentido de procurar intermediar entre as entidades de defesa do consumidor, as entidades representantes dos lojistas, dos supermercadistas e dos revendedores, uma forma negociada para que alguns produtos que compõem a cesta básica pudessem, por intermédio de uma ação do conjunto dos atores dessa cadeia econômica, rebaixar o preço de alguns produtos que tiveram aumentos, na avaliação daquele seminário, inexplicáveis para as entidades que estavam lá. Nós pensamos que essa será uma grande contribuição que a nossa Câmara poderá dar, neste momento de aumento de preços de produtos da cesta básica que inclusive prejudica, fundamentalmente, a população de baixa renda, porque para o povo trabalhador, quando aumentam os preços, diminui o número de produtos da cesta básica de alimentos, fundamentalmente das famílias subempregadas ou desempregadas. Alguns municípios conseguiram acordos inclusive de sustentar preços de alguns produtos. Essa será, evidentemente, uma luta que procuraremos intermediar para que, neste final de ano, não aconteça aquilo que está inclusive previsto e anunciado pela imprensa, ou seja, que a cesta de Natal terá um aumento de 40%. Nós pensamos que há possibilidade de uma negociação importante, de uma elucidação das causas dos aumentos e da definição do que cada órgão, inclusive a Câmara, poderá fazer para evitar o retorno de um processo inflacionário neste País, o que, evidentemente, viria a prejudicar, e muito, o futuro do nosso desenvolvimento. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoamos a Emenda n.º 01 ao PLL n.º 072/02, que dá nova redação ao art. 1.º que denomina a Rua Ver. Dilamar Machado, o logradouro público cadastrado, trecho compreendido entre as Ruas Miguel Teixeira e Luiz Afonso, esquina Travessa Pesqueiro, localizada no Bairro Cidade Baixa, nos termos da Lei Complementar n.º 320/94, de 2 de maio de 1994. À Diretoria Legislativa para as providências legais.

Convido o Ver. Carlos Alberto Garcia para assumir a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Carlos Alberto Garcia assume a presidência dos trabalhos.)

 

VOTAÇÃO  (continuação)

 

PROC. 3005/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 062/02, que estima a Receita e fixa a Despesa da Administração Direta do Município para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Emendas n.os 01, 02, 12 a 14, 16 a 40. Com Mensagem Retificativa. Com Subemendas n.º 01 às Emendas n.os 17, 20, 22, 28, 29, 30, 32, 35 e 38.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto; da Mensagem Retificativa; das Emendas n.os 12 a 14; 17, com Subemenda n.º 01; 20, com Subemenda n.º 01; 22, com Subemenda n.º 01; 23 a 27; 28, com Subemenda n.º 01; 29, com Subemenda n.º 01;  30, com Subemenda n.º 01; 33; 34; 35, com Subemenda n.º 01; 36; 38, com Subemenda n.º 01; e pela rejeição das Emendas n.os 01, 02, 16, 18, 19, 21, 31, 32, 37, 39 e 40.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 20-11-02;

- retiradas as Emendas n.os 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 15;

- adiada a discussão por uma Sessão;

- foi votado o Projeto, com Mensagem Retificativa e Emendas aprovadas pela CEFOR e não destacadas, em 27-11-02;

- na mesma Sessão foram apreciadas as Emendas n.os 13 e 16, destacadas.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Questão de Ordem com o Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Se assim a Mesa entender, que faça sucintamente a ementa desta Emenda e quem é o autor.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Solicito à Diretoria Legislativa que nos auxilie nesta tarefa.

É a Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02, de autoria do Ver. Sebastião Melo. (Lê.) “Inclui no parágrafo do art. 6.º: Não será permitida a realização de nenhuma despesa para a qual não haja dotação específica e que não atenda as finalidades legais de atuação de cada órgão, unidade administrativa e que sejam compatíveis com as atribuições de cada unidade orçamentária.”

Em votação a Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Carlos Garcia, na presidência dos trabalhos, Sr.as Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras, senhores, imaginem só o que aconteceria numa Câmara de Vereadores, na qual uma Bancada do PT fizesse uma emenda que fez o Ver. Sebastião Melo, do PMDB; e se o Governo, naquele município, fosse do PMDB. Coisa de sectário, gente que tem miopia política, que quer atrapalhar a administração do Prefeito. Ora, Ver. Sebastião Melo, eu gostaria de ver o que fariam os Vereadores do PMDB, se o incauto Vereador do PT tivesse feito essa proposição em alguma Câmara de Vereadores. “Viu como eles são contra o Governo, contra o povo, contra a cidade, contra o município, não querem deixar o Prefeito governar!” V. Ex.ª sabe que a sua proposição é impossível de ser realizada! Passaríamos o tempo inteiro tentando em cada lugar, em cada rubrica, em cada microgasto ver se não passa dos famosos - aqui está sendo proposto 10%, mas há Prefeituras de V. Ex.ª que propõe 25%, Ver. Sebastião Melo, V. Ex.ª sabe disso, V. Ex.ª é bem informado. Vereador, a coerência tem de ser na situação e na oposição, nos dois lados! Eu quero fazer um apelo à população de Porto Alegre que assiste à TVCâmara para que atente às discussões do Orçamento, na Casa do Povo.

Eu quero confessar, Ver. Pedro Américo Leal, que este foi o ano das minhas decepções aqui nesta Casa. Tudo é devagar! Pouco se vota! Pouco se decide! Hoje de manhã falei isso, inclusive, na Comissão de Economia, quando discutíamos o IPTU. Gente, eu estou cansado! O povo deve estar mais cansado ainda, porque a minha paciência é paciência interminável! Eu sei que o Parlamento é difícil. Agora, nós não podemos ficar aqui discutindo e discutindo uma proposição - com todo o respeito ao Ver. Sebastião Melo -, mas não existe Orçamento nos outros 496 municípios do Rio Grande do Sul que tenham uma proposição como o Ver. Sebastião Melo quer propor. Vamos à União dos Vereadores do Rio Grande do Sul, vamos à FAMURS, vamos fazer esse levantamento. Eu desafio: não existe Orçamento com essa questiúncula que, esta sim, é para impedir todo e qualquer trabalho da Prefeitura.

As questões de controle do Orçamento, eu sempre defendi que jamais passe de 10%, 5% de suplementação. Agora, detalhar para cada item, que são montanhas de itens, montanhas de itens, verificando se naquele item não passa dos 10%. Ora, nesses momentos, por exemplo, de aumento desenfreado da gasolina, só no item gasolina e aquilo que tem que ver, exatamente, com esse item já passa. Aí é a Câmara que não consegue votar um conjunto de leis dos Vereadores; eu tenho 11 na Ordem do Dia e não consigo votar um dos meus projetos, vai votar essas suplementações que o Ver. Melo está propondo? Não se faz fiscalização assim! A fiscalização se faz no cotidiano, na atenção que a gente dá para as questões. Nós vamos passar a tarde inteira aqui fazendo interminável e incansável debate sobre questiúnculas. Porque, Ver. Dib, eu tenho certeza absoluta de que nos outros 496 municípios, não existe um sequer, de qualquer partido, que tenha algo no Orçamento como está sendo proposto pelo Ver. Sebastião Melo. Eu desafio qualquer partido, de qualquer ideologia político-partidária.

Portando, eu faço um apelo para que nós não aceitemos a proposição, porque ela impede a governância, ela atrapalha, ela não ajuda, é apenas uma disputa político-partidária e isso não tem serventia para o povo de Porto Alegre, para o combate à fome e à miséria, e nós queremos um Natal sem fome. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 17 ao PLL n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Carlos Garcia, colegas Vereadores, colegas Vereadoras, especialmente ao meu colega Vereador governista Adeli Sell. O Ver. Adeli, na ânsia de atirar, ele sustentou a Emenda errada aqui na tribuna. A Emenda que hora está em julgamento Ver. Estilac, é uma Emenda que não tem a ver com a suplementação, ela tem a ver com o seguinte: inclui o parágrafo no art. 6.º que diz o seguinte: “Não será permitida a realização de nenhuma despesa para a qual não haja dotação específica, e que não atenda as finalidades legais de atuação de cada órgão, unidade administrativa, e que sejam compatíveis com as atribuições de cada unidade orçamentária.” A que ele sustentou aqui é a Emenda posterior, Ver. Elói; então, ele já fez o libelo da sua sustentação e, lamentavelmente, o Governo não vai poder vir aqui agora sustentar.

Agora, vamos aos fatos. Eu queria invocar aqui o Ver. Elói Guimarães, que foi Secretário do Governo Collares. Esta Casa tinha um Vereador do PT, que hoje é o Vice-Governador, Antonio Hohlfeldt. Uma vez V. Ex.ª me disse que tinha de mandar fotografar as toneladas de papéis que ele pedia, e que o Executivo tinha de parar para atender essas diligências. Procede? Então, significa que, quando o PT está na oposição, ele procede desta forma? Quando o PT é oposição na Assembléia, como é que ele procede? Ele faz a CPI da propina? Então, por favor, vamos devagar. Eu estou fazendo um serviço aqui responsável, o povo de Porto Alegre nos delegou dois terços da Câmara para dizer: “sejam mais cautelosos, não sejam raivosos, mas fiscalizem o Governo, porque há muita sujeira debaixo do tapete”. Foi isso o que o povo nos disse. Então, esta Emenda, Presidente... É correto, Ver. Elói Guimarães, que eu utilize verbas de uma rubrica para uma outra finalidade? É correto eu dizer que vou fazer o calçamento da Vila Nova, da Rua Miguel Ascoleze e calçar a Rua Xavier de Carvalho, no Campo da Tuca? Claro que não está correto, o que eu estou dizendo é isso! Mas eu estou dizendo mais. Se esta Emenda for aprovada, Ver. Paulo Brum, o Sr. Prefeito vai ter dificuldade de tirar o dinheiro para o Fórum Social, porque, se ele não tem dotação orçamentária para o Fórum, conseqüentemente terá dificuldades. Ele vai ter de vir aqui na Câmara, Ver. Elói Guimarães, agora, antes do recesso, e dizer: “Olha, eu estou pedindo a abertura de um crédito especial de um milhão e meio de reais para gastar com o Fórum Social”. E esta Casa, atendendo, quem sabe, o clamor econômico, cultural, dos hotéis, dos taxistas e tudo isso, eu acho que até vai autorizar. Mas ele vai ter de vir aqui e dizer: “Olha, eu quero gastar um milhão e meio com o Fórum Social”. Eu não quero abrir mão da prerrogativa de quem também tem responsabilidade. As pessoas poderiam dizer: “O senhor é Vereador da cidade de Porto Alegre? Sou.”, “O senhor autorizou o dinheiro que foi para o Fórum Social? Não, não autorizei, não veio no Orçamento.” Então, esta Emenda tem o objetivo de que efetivamente aquilo que se propõe no Orçamento, que a rubrica destinada seja a rubrica gasta especificamente com aquilo. Mas quero dizer que, quando o PT está na oposição, Ver. Elói Guimarães, ele atua de forma contumaz além daquilo que eu tenho cobrado aqui desta tribuna. Portanto, a minha escola não foi a escola do PT, não, eu estou fazendo o papel que o povo me delegou de uma oposição responsável, uma oposição para ver com profundidade. O que eu quero com o Orçamento é transparência, não quero mais nada, eu quero a senha, que o Secretário André, que passa mais tempo na Câmara de Vereadores quando tem Orçamento, não tem tempo para se reunir com a sua equipe para disponibilizar a senha. Mas um dia a senha vai vir ou de forma administrativa ou vai vir pela Justiça, mas que a senha vai vir, vai vir. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia) Em votação nominal a Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo. (Após apuração nominal.) REJEITADA por votos 10 SIM, 10 NÃO; mais o voto NÃO deste Presidente, sendo que são 11 votos NÃO.

A rejeição da Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02 prejudica a votação da Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 17 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Relativamente à Emenda n.º 18. Sr. Presidente, fundamento o Requerimento no art. 166, § 3º, I da Constituição Federal, considerando também o art. 7º, inciso I, letra “a” da Lei de Diretrizes Orçamentárias, constante da Emenda n.º 83 do Plurianual, rejeitada, requeremos, em nome da Bancada do PT, a prejudicialidade da Emenda n.º 18 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento) Sr. Presidente, este Vereador tem a intenção de pedir a renovação de votação desta Emenda. Quero um esclarecimento, ainda nesta Sessão, porque diz o nosso Regimento “na próxima Sessão”, e a Lei do Orçamento diz que temos que votar até o dia 30. Quero esclarecimento sobre esta matéria. Tem de ser votada, mas não enviada. Então eu quero esclarecer esta questão, porque eu vou pedir renovação de votação desta matéria.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vamos consultar a Diretoria Legislativa e já passamos as devidas informações. Esta Presidência consulta, enquanto a Diretoria Legislativa está analisando o Requerimento do Ver. Juarez Pinheiro com relação à Emenda n.º 18, pergunto se nós podemos votar a Emenda n.º 19, para adiantar os trabalhos?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, os trabalhos estão bem adiantados, vamos suspender 2 ou 3 minutos para votar tudo na ordem.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está sugerindo que nós façamos...

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, até para auxiliar o trabalho técnico, nós também, pelos mesmos motivos, estamos requerendo a prejudicialidade das Emendas n.ºs 18 e 19 ao PLE n.º 062/02, com fundamento na Constituição Federal e LDO.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, para contrapor, faço juntar à Mesa, vou pegar no meu gabinete, há um parecer da Sr.ª Procuradora, que eu pedi, dizendo que as Emendas de autoria deste Vereador são legais e regimentais. Portanto, quero ouvir a Procuradoria da Casa sobre qualquer decisão para ver se ela muda de opinião.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Apenas para consultar: se os dispositivos que eu coloquei no microfone, falei meio rápido, foram entendidos - Constituição Federal e LDO?

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Foram bem entendidos. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h06min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia - 16h13min): Estão reabertos os trabalhos.

Primeiro, com relação ao questionamento do Ver. Sebastião Melo, que pergunta se é possível a renovação de votação, já que o Orçamento encerra-se dia 30? É possível a renovação de votação. Só que é importante salientar que, havendo a renovação de votação, se vota todo o Orçamento novamente. Mas é possível.

Em relação à consulta do Ver. Juarez Pinheiro, a Procuradoria nos informa que essa matéria não está totalmente definida. Então, a nossa sugestão é que nós lancemos novamente para o Plenário a decisão da votação.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Eu não entendi a decisão.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Como não tem posição...

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Mas está na Constituição Federal isto; está claro.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Sim, mas a Procuradoria, como não tem a posição definida, diz que cabe ao Plenário decidir.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Então, deixa eu argumentar a V. Ex.ª, que pode ouvir a Procuradoria ou não. O que a Constituição Federal diz, de forma clara, art. 163, § 3.º, inciso I, é de que as Emendas ao Orçamento têm de ser compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. É isso. O Ver. Sebastião Melo colocou uma Emenda no Orçamento, que não foi aprovada, porque foi aprovada uma Emenda do Ver. João Dib, que estipulou um percentual de 4,2% para suplementações ao Orçamento. É isso que diz a LDO e é absolutamente clara a Constituição quando diz que o Orçamento tem de se submeter à LDO. A Emenda que foi rejeitada no Orçamento, contrariamente ao que disse o Ver. Sebastião Melo, que não traria nenhuma do Orçamento, e trouxe - eu estou provando -, ela contraria o que dispõe a LDO. Mais claro que isso, Sr. Presidente, impossível. Então, eu requeiro novamente, com estas considerações, que esta Emenda não pode ser colocada em votação. Ela está absolutamente consubstanciada à decisão que V. Ex.ª tem de tomar na Constituição Federal. Não é compatível, ou é compatível estabelecer um novo percentual de suplementação? Se a LDO diz uma coisa, como é que o Orçamento vai dizer outra? Sr. Presidente, eu reitero a V. Ex.ª que V. Ex.ª examine, enquanto Presidente, os dispositivos elencados e que tome a decisão correta juridicamente.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): E já tomamos, Vereador. Nós ouvimos a Procuradoria, que nos passou essa informação, e o Plenário soberanamente vai decidir. Portanto, vai ser votada a Emenda.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Eu lastimo esta decisão.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): É um direito que assiste a V. Ex.ª.

Em votação a Emenda n.º 18 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Lê a Emenda n.º 18.) “Inclui no art. 6.º: O limite de despesa autorizado na letra ‘a’ não poderá ultrapassar o montante de 10% em cada projeto ou atividade dos grupos de despesa, outras despesas correntes e investimentos.” O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 18 aposta ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, acho que o Ver. Juarez Pinheiro tem razão: as decisões sobre Orçamento não podem ser incompatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ponto pacífico, concordo com V. Ex.ª. Só que, no caso, não vejo incompatibilidade, Vereador, porque o que é que diz a Lei de Diretrizes Orçamentárias, em função de uma Emenda que foi da nossa autoria? Diz que “a suplementar, em seu global, não pode exceder a 4,2% do Orçamento do Município.” É o limite. O que diz essa Emenda, agora? Diz que esse limite permanece e acrescenta, discriminando, que “nenhuma das dotações poderá ser suplementada em mais do que 10%”. Evidentemente está ressalvado que, se houver uma situação excepcional, se tiver que ser suplementada em mais do que 10% a dotação, está criada uma situação tal, houve um problema com uma obra, um problema com um serviço, e aí estará criada uma excepcionalidade que a Casa vai ser chamada a ouvir nessa situação. Claramente eu faço essa leitura. Não sei, e não sou pretensioso, não julgo que eu seja a única pessoa que entende das coisas aqui nesta Casa, até porque já temos muitos entendidos e um a mais só serviria para atrapalhar. Sou uma pessoa que apenas leio as coisas que são apresentadas, e a leitura que faço, quando diz que “O limite da despesa autorizado na letra ‘a’ não poderá ultrapassar o montante de 10%, em cada projeto ou atividade dos grupos de despesa, outras despesas correntes e investimentos”, quando isso é colocado aqui, ele faz referência expressa àquela limitação global, Ver. Pedro Américo Leal, de 4,2%, que é um valor significativo neste Orçamento do Município, porque 4,2% de um Orçamento na ordem de 1 bilhão e 500 milhões de reais é um valor extremamente significativo, isso que estão excluídas as suplementações; quando é para o pagamento de pessoal e para outras situações previstas, está previamente estabelecido que é possível até se ultrapassarem esses 4,2%. Agora, o que o Ver. Sebastião Melo pretende é que nos investimentos, vejam bem, nas outras despesas correntes e nos investimentos, essa limitação não exceda a 10%. Por que isso? Porque não posso entender que em condições normais se orce uma obra, ou o que se vai gastar com uma obra, e se tenha um equívoco de tal ordem que supere os 10%. Se tem alguma situação de anormalidade que gera essa necessidade de uma suplementação além dos 10%, é porque alguma coisa de especial existe e aí é salutar, Ver. Paulo Brum, que a Casa, nessas condições, tome conhecimento. Ora, se projetou uma obra e essa obra, na sua execução, vai comprometer mais do que o total para ela projetado, mais do que 10% do que isso, existe alguma coisa que não está muito correta. Existe alguma coisa especial ou foi um equívoco de previsão ou foi um fato novo relevante que surgiu, enfim, houve necessariamente uma justificativa. Então, quanto a essa justificativa, é absolutamente coerente que o Legislativo - que delibera sobre essas autorizações - delibere diante dessas excepcionalidades.

Por isso, guardando inclusive solidariedade com a posição inicial do Ver. Juarez Pinheiro, eu sou favorável à Emenda. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 18 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, vou, de forma muito técnica, tentar explicar essa questão aqui, Ver. Pedro Américo Leal. O Orçamento da Cidade tem 1 bilhão e 500 milhões de reais. A LDO balizou, no seu art. 7.º, vários tipos de suplementação: reserva de contingência, para pessoal, antecipação de receita e 4,2% do total do Orçamento.

Então, Ver. João Nedel, V. Ex.ª, que foi Relator: 1 bilhão e 500 milhões de reais, vamos dizer que dos 4,2%, 70 milhões, ele pode suplementar. Como está o Projeto, Ver. Elói, ele pode pegar os 70 milhões e colocar em uma, duas ou três obras, como ele quiser. O que eu estou tentando disciplinar com essa Emenda é dizer: “não, ele continua tendo o direito de suplementar os 70 milhões dos 4,2%, mais reserva de contingência, mais de pessoal, antecipação de receita, só que daqueles 70 milhões, que são os 4,2%, ele vai poder suplementar apenas 10% em cada atividade. Projeto Atividade. Então, se ele diz: “O calçamento da rua da Serraria custa 100 mil reais” - ele lançou nesse Projeto 100 mil reais -, ele está autorizado, pela minha Emenda, a suplementar 10 mil reais a mais para terminar aquela obra.

Ora, isso faz com que a Prefeitura seja um pouco mais diligente no encaminhamento do Orçamento. Por quê? Olhem, nós teremos que fazer um Orçamento real, verdadeiro, não um Orçamento que faz de conta que é Orçamento - despesa e receita. E ele não confronta com a LDO; tanto é que ele não confronta, que a Procuradora da Casa já se manifestou sobre isso. Tão logo o Ver. João Carlos Nedel emitiu o Parecer, o qual eu votei contra, eu pedi, como Presidente da Comissão, um Ofício, de pronto, de imediato, e que a nossa secretária o levasse à Procuradora da Casa, para saber se aquelas Emendas rejeitadas pelo Relator - no entendimento dela - eram ilegais, eram inconstitucionais, inorgânicas, ou anti-regimentais. E a Procuradora da Casa manifestou, evidentemente, num Parecer prévio, dizendo: “Salvo melhor juízo, não encontro nenhuma ilegalidade, nenhuma inconstitucionalidade.”

Então o que nós estamos querendo fazer aqui... E as nossas Emendas... E é bom dizer aos colegas, Ver. Pedro Américo Leal, que eu tinha duas Emendas que mexiam com recursos na área da saúde - área em que V. Ex.ª tem sido lutador -, fiz questão de retirá-las. Para dizerem: “Olhem, isso aí tem que ser discutido no Orçamento Participativo, não vamos não colocar Emendas...”, então, eu tive a sensibilidade de retirá-las, naquele processo de negociação com o Líder do Governo, para ficar com as Emendas meramente no campo da transparência do Orçamento.

Então, os senhores vão ver as minhas Emendas, de minha autoria, e não há nenhuma que mexa com recurso, mas todas as minhas Emendas procuram adequar uma situação de transparência do Orçamento para com a Cidade, para com a Câmara de Vereadores, pois quem ganha com isso é a cidadania, quem ganha com isso é o próprio corpo funcional da Prefeitura, que tem quer ser melhor valorizado. Então, portanto, a nossa Emenda não é um bicho-de-sete-cabeças! Agora, quando se mexe em qualquer questão para transformar o Orçamento de forma mais transparente, mais concreta, mais próxima do povo, a bancada governista, os Vereadores do Governo, evidentemente, querem ter um discurso para justificar que isso é ilegal, que isso é inconstitucional, que isso é contra a LDO. Eu tenho uma visão completamente diferente. E, se fosse assim, esta Emenda não teria vindo à votação, a Procuradora não teria se manifestado, como se manifestou, o Presidente não teria interpretado como interpretou. Portanto, eu acho legal e regimental. Vamos aos votos: se perder, perdeu, se ganhar, ganhou! O jogo democrático é este, Sr. Presidente, ou seja, vamos submeter a matéria à votação e, evidentemente, o Plenário é soberano! Nós temos tido dificuldade em aprovar Emendas deste teor nesta Casa. Este ano, até que nós avançamos, aprovamos uma Emenda ontem. Talvez, aprovemos mais uma, talvez, não aprovemos mais nenhuma, mas a democracia é assim: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 18 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras. Eu quero confessar que discuto, Ver. Pedro Américo Leal, com uma certa tristeza esta matéria, porque alguém me disse uma vez que: “Em matéria de princípio, o primeiro princípio é manter o princípio.”

Eu acho que, aqui, nós não estamos tratando de princípios, funciona aqui um corpo de 33 Vereadores, divididos em 15 Bancadas, e é preciso que as regras que sejam estipuladas tenham validade para todos. Não é possível que, num dado momento, uma regra tenha valor para uma determinada Bancada ou para um determinado Vereador; num outro momento, que a Bancada tenha valor para outro Vereador diferenciar.

Eu discuto com tristeza, porque esta Emenda não podia estar sendo discutida, tanto sob o ponto de vista legal quanto sob o ponto de vista material.

Por que é que não poderia, sob o ponto de vista legal, estar sendo discutida esta matéria?

Ver. Reginaldo Pujol, quero até ressaltar a elegância do seu pronunciamento, a sua intervenção em nome da Bancada do PFL; ele concordou parcialmente comigo. Ele concorda que o art. 166 da Constituição Federal, que diz o seguinte: “As emendas ao Orçamento têm quer ser compatíveis com as emendas da LDO...” E, até aí, ele tinha concordância comigo. O Ver. Reginaldo Pujol, depois, interpretou que não haveria essa divergência.

Ver. Reginaldo Pujol, apenas para trazer à discussão e lembrar a esta Casa - e já entro no ponto de vista material -, o Ver. Sebastião Melo, até, legitimamente, tem discutido aqui a questão de fiscalização, e, nesse sentido, o faz do jeito dele, às vezes diz que gosta de confusão, mas é do jeito dele, e trabalha, elabora e eu tenho que respeitar.

Agora, veja bem, esta Casa discutiu sobre suplementação de Orçamento e entendeu que diminuindo da proposta colocada pelo Poder Executivo de 10%, para a suplementação, dever-se-ia, através de uma Emenda do Ver. João Antonio Dib, estipular um valor menor de 4,2%. E o Ver. Sebastião Melo, no Orçamento, propunha esta mesma Emenda que foi derrotada no Orçamento e que foi derrotada, também, pelo Parecer do Ver. Reginaldo Pujol. Ou seja, o Ver. Sebastião Melo trouxe o mesmo sistema que ele queria aplicar na LDO, e foi vencido pela discussão desta Casa; ele traz de novo, porque aprovada essa sua Emenda ele daria eficácia àquela Emenda que foi rejeitada na LDO e que foi rejeitada também pelo Relator. Isso sob o ponto de vista legal. Portanto, jamais poderia ser apreciada neste momento. Ela está prejudicada.

Agora, sob o ponto de vista material, por exemplo, nós temos uma inflação estimada em 20% para o próximo ano. O Vereador, além de contrariar a LDO, além de contrariar a discussão que esta Casa fez e chegou a um denominador comum - porque o que o Executivo queria era mais, e esta Casa disse é 4,2% -, além de contrariar isso, o Vereador quer estipular uma amarra de 10% em cada projeto, atividade, dos grupos de despesa, outras despesas correntes e investimento.

Portanto, eu penso que coisas como estas não contribuem, porque o Vereador volta a ser recorrente em uma coisa que foi vencida na discussão material desta Casa. E sob o ponto de vista de legalidade - porque nós temos que ter um mínimo de senso quando apreciamos as matérias. É absolutamente claro que isso já foi vencido, que estava prejudicado, e eu quero lastimar, Presidente, esta decisão de V. Ex.ª, que permitiu a votação, porque é um equívoco que giza de forma desagradável, que desqualifica esta Casa, que rebaixa esta Casa sob o ponto de vista da qualidade técnica dos nossos trabalhos. Portanto, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, se trata de matéria vencida, ela contraria, Ver. Sebastião Melo, a LDO; ela contraria por dois motivos: porque já foi vencida no Orçamento, e, acima de tudo, Ver. João Antonio Dib, porque houve um sistema que foi aprovado. O sistema é de que a limitação é 4,2% do total do Orçamento e o Ver. Sebastião Melo quer mudar esse sistema, trazer à colação algo que foi vencido na LDO.

Portanto, nós confiamos na responsabilidade costumeira desta Casa, na sensibilidade dos Srs. Vereadores. É um erro técnico e nós não podemos assinar embaixo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, pelo PPB, para encaminhar a votação da Emenda n.º 18 aposta ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, há um bom tempo eu venho pedindo que esta Câmara fiscalize e avance em matéria de orçamento. E, de fato, examinei a Emenda do Ver. Sebastião Melo e a achei muito importante. É importante que o Município tenha limites para fazer acréscimo de verbas orçamentárias, transferências. Achei importante e, à primeira vista, até aprovei essa Emenda, o meu Relatório foi pela aprovação, e aí, estudando ainda, no âmbito da CEFOR, o meu Líder e componente da CEFOR, João Antonio Dib, pediu que eu estudasse melhor o assunto. E aí, Ver. Sebastião Melo, fui estudar, consultei o Sr. Ungaretti, mestre em orçamento, com grande experiência; liguei e consultei o nosso antigo assessor e competente Sr. Nilo. Obtive informações adequadas e deles ouvi o seguinte: que essa matéria, esse detalhamento, essa direção de 10%, esse limite de 10%, efetivamente, feria a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ainda argumentei e fui convencido de que, efetivamente, feria aquela Lei, porque, no Direito Público, pode-se fazer aquilo que está escrito, que está claro, que está determinado, e não o que pode vir a ser subentendido. O Direito Público é claro. Convenceram-me que a sua Emenda feria claramente a LDO. Alterei, sim, o meu Relatório, não aprovando esta Emenda. Eu ouvi tristemente na televisão, Vereador, que V. Ex.ª veio aqui na tribuna dizer que eu alterei esta Emenda, Ver. João Antonio Dib, na calada da noite. E isso realmente me ofendeu. Eu fiz esse Relatório com a maior tranqüilidade e independência, e alterei à luz do dia, porque, na calada da noite, é ladrão, é assaltante, é golpista, e isso eu não sou. Eu me senti ofendido. Lamento que V. Ex.ª não tenha sido ético comigo. Por isso, eu vou votar pela manutenção da não-aprovação, e tenho certeza de que estou agindo corretamente dentro da Lei e orientado por doutos em orçamento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 18 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 15 votos NÃO.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente discordando da interpretação, relativamente à Emenda n.º 18, mas houve uma pequena dúvida do Ver. Reginaldo Pujol, sobre a qual dialogamos. Agora, no que tange à Emenda n.º 19, essa dúvida não existe. Portanto, nós, pelos mesmos argumentos, sem querermos ser prolixos, pedimos a prejudicialidade da Emenda n.º 19.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vamos novamente consultar a Procuradoria da Casa. Por gentileza, Procuradora.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu entendo que a Emenda n.º 19 ficou prejudicada com a aprovação do...

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vereador, esta Presidência faz questão de ouvir a Procuradoria.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, para contra-argumentar, eu penso que está havendo uma confusão aqui. Na Emenda n.º 19 - Ver. Reginaldo Pujol, gostaria que V. Ex.ª prestasse a atenção - consta que não pode usar a suplementação da verba do SUS para efeitos de investimentos, porque não é correto que a verba do SUS, que é fundo a fundo, eu utilize para cálculo de suplementação. Então a Prefeitura fica autorizada a suplementar os quatro, que já é Lei, fora a verba do SUS.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Eu só não gostaria que entrassem no mérito.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, segundo palavras do próprio Ver. Sebastião Melo, quando nós apreciávamos a prejudicialidade ou não da Emenda n.º 18, o Ver. Sebastião Melo falou que não poderíamos adiantar a votação da Emenda n.º 18, porque havia prejuízo e porque elas estavam ligadas uma a outra, a n.º 18 e a 19. São palavras do Ver. Sebastião Melo. Negada a n.º 18, prejudicada a de n.º 19.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vereador, V. Ex.ª também está entrando no mérito, esta Presidência já acertou, estamos consultando a Procuradoria. Novamente, faremos um rápido intervalo de alguns minutos para que a Procuradoria nos esclareça, Ver. João Antonio Dib, ou V. Ex.ª já tem o esclarecimento? Acredito que não.

A Procuradoria nos passou, e novamente é idêntica à Emenda n.º 18, segundo sugestão da Procuradoria, e nós vamos acolher.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Presidente, o art. 7.º da LDO, e eu colho as palavras do Ver. Reginaldo Pujol de que não pode haver contradição entre a LDO e o Orçamento, o art. 7.º da Constituição Federal, quando trata de suplementações diz: ”Para abertura de créditos suplementares como segue, até o limite de 4,2% do total das despesas autorizadas.” Esse é o texto cristalino da LDO. O Vereador, e agora V. Ex.ª tomou outra decisão - a meu juízo equivocada -, diz o seguinte: mesma matéria agora no Orçamento. Sr. Presidente, por favor, é tão claro isso que eu me sinto até penalizado em ter que vir aqui discutir essa matéria. Veja bem o que diz, Vereador: “Até o limite de 4,2% no total da despesa autorizada, excluindo desse total as despesas incluídas na letra ‘d’ do item 1”, ou seja, o Vereador dá uma nova orientação para a matéria, absolutamente diferente da LDO. Se não está havendo colisão então eu não sei mais o que é colisão.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vereador, eu entendo a vossa solicitação, só que esta Presidência resolveu, mais uma vez, ouvir a Procuradoria, e, baseados na Procuradoria, estamos, então, indeferindo e vamos partir para o processo de votação. Vou ler novamente a Emenda n.º 19, por solicitação do Ver. Luiz Fernando Záchia. “Altera a redação do art. 6.º, item 1, letra ‘a’: até o limite de 4,2% do total da despesa autorizada, excluindo desse total as despesas incluídas na letra ‘d’, item 1.”

Em votação a Emenda n.º 19 ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 19 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, são 16h45min. Hoje nós precisamos votar seis orçamentos. A Casa tem seus grandes momentos quando discute, em Sessões Especiais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, quando vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias, quando discute, em Sessões Especiais, a proposta orçamentária. É muito simples, não tem nenhum mistério, a Câmara analisa a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, emenda, aprova, encaminha ao Prefeito. O que a Câmara está dizendo ao Prefeito? “O senhor faça dessa maneira” - essa é a Lei. O Prefeito vai e faz de acordo com a Lei que a Câmara lhe determinou. Se o Prefeito não pode mudar as regras estipuladas pela Câmara, a Câmara também não pode mudar as regras que estipulou. Então, estamos aqui debatendo, debatendo, mas não produzindo. Nós já fizemos, no passado, a Emenda não foi aprovada, os 4,2% - se não estou equivocado - era a proposta do Ver. Reginaldo Pujol, e não há mais o que fazer, o Prefeito fez o que nós mandamos, o que a Lei ditou; nós não podemos mudar as regras que nós impusemos ao Prefeito. Então, acho que nós estamos é perdendo tempo. Há mais cinco orçamentos depois deste. A Cidade espera muito mais de nós. Acho que precisamos ser mais objetivos, mais céleres para que a Cidade tenha um Orçamento à altura. Ou, talvez, queiram rejeitar todo o Orçamento, e aí o Dr. André Passos usa o Orçamento de 2002 com todas as vantagens que ele quiser. Talvez seja melhor isso aí. Acho que precisamos ter muita celeridade. São quase 17 horas, e depois deste tem mais cinco Orçamentos: DMAE, DMLU, DEMHAB, FASC e a Previdência do Município. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 19 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, sinto-me na obrigação de recolocar algumas questões postas aqui na tribuna. A primeira delas é dizer ao nobre Vereador da base governista, Ver. João Carlos Nedel, que eu não quis, e não foi essa a intenção, em nenhum momento. Quero dizer que tenho por V. Ex.ª respeito. E se usei essa palavra, e se V.Ex.ª está usando, pejorativamente, nesse sentido, eu peço retirada, publicamente - se é que fiz -, porque tenho por V. Ex.ª muito respeito e muito carinho. Não vou levar o debate para esse campo. Se é que fiz, apesar que a expressão “calada da noite“ para mim pode ter outro significado, não apenas o significado que V. Ex.ª colocou.

Segundo: acho que o Ver. Juarez Pinheiro coloca uma questão de extrema importância, ele fala dos quadros técnicos da Casa. Se dependesse da Bancada do Governo não existia nenhum quadro técnico aqui, sabem por quê? Porque quanto mais desqualificado for o debate, melhor para a base do Governo. Não é? Melhor! Melhor, porque não tem embasamento. O Governo tem toda uma assessoria, tem 200 Procuradores para assessorar, tem mais as bancas de advocacia - aquelas que mandam as informações das máquinas Condor -, também devem assessorar a Procuradoria, deve ser assessor da Procuradoria também, não é? Então, com certeza ele tem razão nisso.

Terceiro: meu querido Líder, experiente, Ver. João Dib, V. Ex.ª é um marco de caminhada nesta Casa, como Prefeito, e V. Ex.ª não tem o direito de tirar o meu direito de defender as minhas teses. Se V. Ex.ª acha que está atrasado, V. Ex.ª tem esse pensamento. Eu quero discutir Emenda por Emenda, que eu fiz, trabalhei a noite toda, vários dias, reuni com pessoas, estou convencido de que elas são boas para a Cidade. Não estou fazendo isso contra ninguém, estou fazendo a favor daquilo que eu estou convencido, e, portanto, vou sustentá-las. Se quisesse votar o Orçamento antes, poderia ter votado duas, três, Sessões; se tivermos que ir até a meia-noite, vamos até a meia-noite. Não tem problema nenhum. Agora, eu não vou deixar de marcar as minhas posições políticas aqui, porque esta aqui é uma Casa política e a gente tem que ter posição.

O que eu quero, com esta Emenda, Ver. João Dib, é muito simples: o dinheiro que vem do SUS não tem que fazer parte para cálculo de efeito de suplementação. Esse dinheiro é vinculado. O que é a palavra vinculada? Ele já está vinculado a um fundo. Agora, eu vou utilizar os 330 milhões do SUS para poder somar com mais 1 milhão e 200, e aí fazer um bolo de 70 milhões de suplementação. Mas isso é de uma simplicidade monumental! Mas como tem o Governo e, evidentemente, convence parte da oposição, isso é bom e eu vou respeitar. Eu quero dizer que eu respeito o voto, não tem problema nenhum. Eu estou convencido, Ver. Elói Guimarães, que esta Emenda tem uma profundidade. Não tem justificativa para eu usar o dinheiro, o cálculo do dinheiro do SUS, para efeito de suplementação. Eu vou baixar a suplementação para 50 milhões, 45. Agora, se eu colocar o dinheiro do SUS, vai para 70 e poucos milhões de suplementação. Ou pode ser o Fundo de Educação, isso é receita vinculada. Esta é a Emenda, e ela não fere a LDO coisíssima nenhuma! Eu quero dizer que fiz essas Emendas não sozinho; eu trabalhei com pessoas que entendem dez vezes mais de Orçamento. E quero dizer que neste um ano na Presidência da Comissão Economia eu tenho sido um bom aluno, eu tenho aprendido muito, não sei quase nada, mas sei muito mais do que muita gente, porque tenho estudado a matéria, Ver. Juarez Pinheiro, tenho me debruçado para ler sobre matérias de Orçamento. Porque se não entender de Orçamento fica difícil de entender de outras coisas, porque as outras coisas desdobram do Orçamento. Eu não vou fazer uma boa fiscalização se eu não conseguir entrar no Orçamento, porque no Orçamento é que se traduz a vontade política do Governo. E acho que esse é o papel que quem fiscaliza tem que fazer.

Então, portanto, eu sustento com muita tranqüilidade, repudio qualquer tipo de rebaixamento de debate, não vou levar por esse campo, não vou cair nessa tentação, não vou. Vou continuar defendendo, com muita tranqüilidade, aquilo que sustento em relação às nossas Emendas. Portanto, agradeço à Presidência e espero que os meus colegas de oposição, a verdadeira oposição, votem nesta Emenda, porque fiscalizar é importante em qualquer democracia - na Europa, na Oceania e também na América Latina. E esta Casa tem de ter uma oposição responsável e tem de ter uma bancada governista oficial e tem de ter uma bancada governista coadjuvante, que essa também presta um papel importante.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 19 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM, 15 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda n.º 21 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. O Ver. Estilac Xavier está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras, Srs. Vereadores, a Emenda n.º 21, do ilustre Ver. Sebastião Melo, cria um novo artigo no Orçamento. O Vereador quer a integração e a publicação da Lei que estima receita e fixa despesa da Administração Direta do Município para o exercício econômico-financeiro de 2003, o quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo em termos da realização de obras e prestação de serviços, em atendimento ao Inc. III do parágrafo 2.º da Lei n.º 4.320/64. Ver. Elói Guimarães, Ver. João Dib, Ver. Pedro Américo Leal e Ver. João Carlos Nedel, da Comissão, eu gostaria que V. Ex.as atentassem para esta Emenda aqui. Esta Emenda tem como base um Projeto do Ver. Antonio Hohlfeldt, a Lei n.º 414. Todos nós sabemos que é uma Lei Federal que fixa a forma das publicações dos Orçamentos. Ver. Elói Guimarães, V. Ex.ª, que é o nosso Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, conhece isso melhor do que este Vereador que aqui está encaminhando a votação. Essa Lei, que já passou aqui pela Câmara, teve uma concessão positiva numa Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ou seja, se a Câmara – e esta é a questão que quero levantar aqui, e por isso pedi que o Ver. João Dib e o Ver. Elói me acompanhassem no raciocínio – aprovar essa Emenda, estará contrariando dispositivos federais e a decisão de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que já tem mérito ganho, definido, ou seja, é matéria já suplantada do ponto de vista do nosso Tribunal. Como é que ela volta, agora, como Emenda a uma Lei de Orçamento, cujo relator, reconhecidamente, verificando essa questão, a colocou fora do processo? E aí o Ver. Sebastião Melo fez o destaque, como de direito, querendo, novamente, ingressar com algo que já foi expurgado da ordem jurídica. A Ação Direta de Inconstitucionalidade de fato a expurgou.

Eu gostaria muito que o Ver. Isaac Ainhorn pudesse opinar sobre esse assunto, porque conhece a questão e é da Comissão de Constituição e Justiça. Eu gostaria também que o Ver. Nereu D’Avila ouvisse essa questão, pois trata-se da Emenda n.º 21, do nobre Ver. Sebastião Melo. O conteúdo da Emenda corresponde à Lei n.º 414, desta Câmara, de autoria do ilustre Vice-Governador eleito, nosso Ver. Antonio Hohlfeldt, que tem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade já afastando do mundo jurídico essa matéria. O próprio relator já tinha afastado também a proposição, e o Ver. Sebastião Melo a trouxe, por destaque, com base no Regimento, para nova apreciação. Essa matéria já foi expurgada do mundo jurídico, e não podemos mais recolocá-la. Seria muito ruim para a Câmara votar algo que o Tribunal já transformou em assunto fora de Pauta. Isto deporia de forma bastante depreciativa sobre a Câmara Municipal, porque remeteria o assunto novamente ao Judiciário e nos colocaria a ignorar uma decisão do Tribunal.

Então, Ver. Pedro Américo Leal, trata-se disto: uma Emenda que tem como antecedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Por isso acho que o nosso relator fez um excelente trabalho. Eu me solidarizo com o Ver. Nedel pela forma com que trabalhou. Às vezes, o trabalho pertinente não é bem interpretado e, às vezes, é atacado, mas a gente registra aqui.

Nós temos muitas diferenças com o Ver. Nedel, não há a menor dúvida. O Ver. Nedel não é homem de negociar questões aqui dentro. Se ele colocou a opinião dele, ele também lastreou essa decisão de expurgar do seu relatório a Emenda n.º 21, porque ele sabe que existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça que tirou fora do mundo jurídico uma lei que antes tinha sido votada e que não existe mais. Por isso nós estamos sustentando a rejeição da Emenda n.º 21, de autoria do Ver. Sebastião Melo, ilustre colega. É uma questão de lei que não pode mais voltar, porque o Tribunal de Justiça já se manifestou sobre ela. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 21 aposta ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras, eu não ia encaminhar esta matéria, mas o Vereador governista Estilac Xavier me provocou para vir aqui, porque ele falou algumas coisas. Eu vou analisar essa questão sob dois ângulos. Primeiro, esta Emenda, Ver. Estilac, está esteada na Lei n.º 4.320/64, que é a Lei que embasa o Orçamento. Então, não é na Lei n.º 414. V. Ex.ª leu apenas uma parte da Emenda e deveria ter lido toda a Emenda para o Plenário. Eu vou aceitar o desafio de V. Ex.ª, Ver. Estilac Xavier, de que esta Emenda esteja embasada, Ver. Isaac, V. Ex.ª que é professor catedrático de Direito, na Lei n.º 414. Medida liminar é medida liminar, meu querido bacharel! Não foi julgado o mérito dessa matéria; o Tribunal não apreciou o mérito dessa matéria. E se apreciasse, caberia recurso especial ou extraordinário para o Supremo. Então, por favor, eu aceito a tese de V. Ex.ª, mas ela não tem nenhuma sustentação. Eu sei que o Professor Juarez é um grande professor, mas nessa matéria o Professor não o orientou bem, porque, se ele o tivesse orientado, V. Ex.ª não poderia ter dito o que disse. Eu sei que as aulas de Direito lá da Bancada, com o Professor Juarez, talvez tenham sido suspensas por causa da eleição. V. Ex.ª perdeu essa lição e o que disse não tem nenhuma fundamentação jurídica. Portanto, o que nós queremos sustentar aqui é o seguinte – e eu gostaria de pedir a atenção dos meus colegas, Ver. Pujol, que aprovaram, Ver. Elói Guimarães, ontem, aquela Emenda de nossa autoria, por 13 votos da base da oposição, contra 12 votos do Governo -: aquela Emenda só será executada se esta Emenda aqui for aprovada. Porque esta Emenda antecede os requisitos, para que seja publicada no Diário Oficial, porque ela diz o seguinte: “Integrarão a publicação da Lei que estima a receita e fixa a despesa da Administração Direta do Município, para o exercício econômico-financeiro de 2003, o quadro demonstrativo do programa anual do trabalho do Governo, em termos de realização de obras e prestação de serviços, em atendimento ao inciso III, do parágrafo 2.º, do art. 2.º da Lei n.º 4.320, de 1964.” Ora, para que eu possa publicar, resumidamente, os projetos do Governo, eu tenho que integrar a Lei do Orçamento. Então, se esta Emenda aqui, Ver. Paulo Brum, for rejeitada, aquela Emenda que aprovamos ontem, que é uma Emenda de minha autoria também, se torna inexeqüível, porque, sem esse requisito, que é a integração, a anexação deste porte de obra, eu não tenho o que publicar.

Por isso volto, mais uma vez, para afirmar aquilo que tenho afirmado desta tribuna: as nossas Emendas têm um objetivo claro. Desde que cheguei a esta Casa uma das coisas que tenho estudado, entre várias outras coisas, é a questão do Orçamento. Acho que para o Orçamento da Cidade falta transparência, não são realizadas muitas das obras que o próprio Orçamento Participativo vota, e o cidadão fica depois esperando três, quatro, cinco anos, e, às vezes, nunca é atendido. Isso é verdadeiro, isto é real, isto não é ficção, e, por isto, nós, Vereadores, a quem o povo da Cidade, de forma plural, dos mais diversos Partidos, escolheu, e proporcionou que o Poder Executivo continuasse com a mesma força política, disse ao outro lado, que é a oposição, que nós buscássemos fiscalizar melhor, para que melhorassem os serviços, para que melhorassem as obras, para que, efetivamente, os gastos fossem mais controlados, começando pela publicidade e tantas outras coisas. É o que estamos fazendo. As nossas Emendas não estão alocando recursos para nenhum local. Não estou mexendo com recursos de “A” para “B” ou para “C”. Mas as emendas que estamos trazendo para o debate querem fazer valer aquilo que o próprio Orçamento Participativo votou, nas noites, nas madrugadas, nos finais de semana. Em homenagem àqueles que participam da decisão popular que essas obras sejam cumpridas. Esta Emenda vai também nessa direção e nesse fulcro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 21 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a apuração nominal.) APROVADA por 14 votos SIM e 12 votos NÃO.

Em votação a Emenda n.º 22 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, se eu não tivesse lido um pouco da filosofia grega e não conhecesse um pouco de alguns mitos da nossa história como aquele, Ver. Isaac Ainhorn, de levar a pedra montanha acima, rola para baixo, montanha acima...esse ciclo incansável, torturante, eu teria descoberto, agora, uma outra lenda: esta Câmara de Vereadores, esta Câmara de Vereadores: vai, volta tudo, vai, volta tudo. Não dá para trabalhar assim. Não dá! Nós precisamos mudar, urgentemente. Esta situação que nos é proposta agora é mais uma vez aquela história. Não há ninguém que faz, mas eu vou propor para ver como fica. Essa é a história. Essa é a real história. Não temos de entrar necessariamente nos meandros do que tudo quer o Vereador, que seria incompreensível. Assim como já foi dito ao Vereador, que certa feita pediu algumas toneladas de papel, como se papel não custasse nada, para ficar abalroado em algum canto do seu gabinete, agora, mais uma vez se quer que, cada obra, junto com a publicação do Orçamento no Diário Oficial, duas mil cópias, se faça um detalhamento de todas as obras. Ora, senhores! Para o povo o que interessa é se o ônibus sobe o Morro da Cruz ou não; essa é a questão. Para o povo o que interessa é se existe campo de várzea; para o povo o que interessa é se tem iluminação pública; para o povo o que interessa é se o ônibus existe ou não existe. Para o povo não interessa descrever no Diário Oficial se teve 20, 30, 40 metros de asfalto, quanto custou cada grama de piche ou coisa do tipo. Nós temos de parar de fazer brincadeira nesta Casa, porque a paciência tem limites. Não é assim que temos que trabalhar. Sobre o Orçamento, quando nós discutíamos aqui, a questão da arrecadação, Ver. Juarez Pinheiro, não havia interlocução na chamada oposição, nem do Presidente da Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, que é o autor dessa Emenda, que quando é para arrecadar, nós não temos interlocução. E aí o Vereador fala ainda que não se arrecada de banqueiros. Nós já demonstramos, sobejamente, a invencionice que o Vereador tem feito, mas, infelizmente, há quem dê corda a isso, inclusive alguns meios de comunicações.

Temos de discutir o mundo real, o mundo dos mortais, as necessidades do povo. De cada atividade que fizermos, como iremos descrever as questões que são de assistência social? É uma pergunta que eu gostaria que o Vereador respondesse. Eu duvido que em algum dos outros 496 municípios do Rio Grande do Sul... E eu vou repetir toda vez nesta tarde, deste 28 de novembro, em que eu vir aqui, que não existe Administração do PMDB, do Ver. Sebastião Melo, que faça o que ele está propondo. Se um Vereador nosso fizesse isso numa Câmara Municipal na qual o seu Partido fosse Governo, eu tenho certeza de que seríamos chamados de loucos ou tolos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 22 ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente dos trabalhos, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, tenho a convicção de que quem milita na política não pode ter memória curta, senão tropeça logo ali na frente. Lembro-me que, quando aqui votamos a abertura do comércio aos domingos, Ver. Fernando Záchia, V. Ex.ª e eu temos posições diferentes sobre essa matéria, eu estava aqui do lado da bancada governista, numa tese que eles também defendem, nós ficamos nesta tribuna utilizando todos os instrumentos para sustentar a nossa tese. Aí era bom, legal, regimental e extraordinário. Agora que o Ver. Sebastião Melo tem uma tese que sustenta e que não agrada ao Governo, aí estão brincando. Por favor, vão dizer isso para quem não milita, mas, agora, para quem tem história de militância, vamos devagar, vamos resgatar as questões.

Segundo, quero dizer Ver. Adeli Sell, que o Governo do Estado, há muito tempo, já cumpre isso aqui. Inclusive, o Governo de V. Ex.ª, do Sr. Governador Olívio Dutra, está cumprindo isso que eu estou propondo. Então, esta Emenda não tem absolutamente nada de absurdo.

Alguém há de dizer que vai gastar dinheiro para rodar o Diário Oficial, desculpem-me! Gastam 1 milhão e 500 mil com o Fórum Social, e aí está tudo tranqüilo e ninguém reclama! Gastam 12 milhões com publicidade nesta Cidade e aí está tudo legal? Não, por favor! Por favor! Dizer que o gasto com o Diário Oficial para colocar um pequeno resumo daquilo que vai fazer numa determinada obra! Eu não estou dizendo para publicar detalhadamente, mas um pequeno resumo para que nós, Vereadores, para que a população saiba o que está sendo feito, porque esse Orçamento é uma grande piada. Votei contra ele sim e votarei sempre quando estiver nesta Câmara, se esse Orçamento continuar vindo para a Câmara dessa forma. Nós queremos transparência, sim.

Então, portanto, o Governo, com todo respeito, num bom debate, Ver. Beto Moesch, não tem autoridade para dizer que vai gastar com publicação no Diário Oficial, enquanto o Governo esbanja gasto com outras áreas: Fórum Social; publicidade; Cidade Viva, que está todos os dias na televisão, no rádio. Então, não há nenhuma fundamentação, arrumem outros argumentos. Tem tanto dinheiro que até contrata escritório de advocacia para prestar informações e pedir diligência. Até para isso contrata! E não tem problema nenhum.

Sr. Presidente, eu volto a afirmar: eu até não ia sustentar a Emenda, não vou sustentar, a não ser que o Governo queira sustentar as Emendas, então, vou pedir votação nominal. Já estou deixando aqui muito claro, as outras Emendas de minha autoria, muitas delas repetem, agora, se o Governo vier aqui sustentar, sinto-me na obrigação de voltar a esta tribuna, porque vamos tentar repor e colocar as nossas posições que são claras, não são de hoje, são de dois anos de mandato e não interessa se nós vamos ganhar ou vamos perder a Emenda; prefiro perder todas as Emendas, mas ficar com a minha consciência tranqüila. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 22 aposta ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fácil mesmo é usar a tribuna para agredir os seus colegas. Fácil mesmo é falar em memória curta. E eu tenho toda a tranqüilidade, porque quando votaram aqui o problema da abertura ou não do comércio aos domingos, realmente, usaram de todas as possibilidades bárbaras, até falaram de obesidade, quando tinha gente com fome ali. E eu ouvi calado, tranqüilo, não podia mudar os meus ilustrados colegas, até porque os respeito. É fácil, então, dizer aqui que tudo pode ser mudado. É fácil vir aqui e ser a Bancada auxiliar do Governo. Não, aqui há 33 Vereadores que o povo mandou para estudar as coisas da Cidade!

Eu aprovei, com o meu voto, a Emenda n.º 21, do Ver. Sebastião Melo. O que diz a Emenda? (Lê.) ”Deve ser publicado o Quadro Demonstrativo do Programa Anual de Trabalho do Governo em termos de realização de obras e prestação de serviços”. Eu aprovei. O que é que quer o Ver. Sebastião Melo? Será que sabe o que quer? “Incluindo o Programa de Trabalho e Natureza de Despesas”, ele quer que seja publicado.

Claro, é um volume enorme, serão seis volumes até, que muito pouca gente, até aqui dentro desta Casa, sabe manusear! Dentre os 33 Vereadores, há alguns aqui que não sabem manusear o Orçamento! Eu não estou nem fazendo nenhuma agressão, porque ninguém é obrigado a saber todas as coisas. Mas as duas Emendas são semelhantes, só que uma adianta um pouco mais. Mas vejam até que a primeira, que é o Quadro Demonstrativo do Programa Anual de Trabalho do Governo em termos de realização de obras e prestação de serviços, essa eu aprovei.

Agora, pelo amor de Deus, mais uma e, ainda, para agredir os seus colegas? Não, não tem sentido! Eu acho que tem que ter um pouco mais de seriedade e responsabilidade. Mas, há 30 minutos, quando eu estive na tribuna, eu disse que nós tínhamos que votar seis Orçamentos. Continuamos tendo que votar seis Orçamentos, mas não é o problema dos comerciários, que já estão aí trazidos por alguns Vereadores, não é o problema. Nós começamos a votação daquele no dia 28 de abril e terminamos no dia 15 de maio. Agora, há uma coisa que se chama Lei Orgânica e que diz que hoje, às 24 horas, até lá nós podemos votar. E não digam para a minha Bancada o que deve fazer, quanto deve trabalhar, porque ali há 4 Vereadores e dificilmente falta um deles, por alguns minutos, nós sempre estamos no Plenário. Então não venham nos dizer... e outros Vereadores aqui chegam comigo e saem comigo, de todos os Partidos. Então não há o porquê em dizer: “Eu trabalho até... Não, vamos trabalhar até a meia-noite, depois da meia-noite”. Não, este só tem tempo limite legal, constitucional, orgânico, se quiserem; hoje, às 24 horas se encerra a possibilidade. E vamos discutir. É político? É político, sim, respeito, mas nós tivemos tempo e não fizemos no momento certo. Quando tínhamos as condições de fazer a disputa e as colocações no debate, na Pauta Especial, nós não fizemos. O que nós vamos fazer agora, até a meia-noite, quando faltam - são 17h20min - 6 horas e 40 minutos? O que nós vamos fazer para votar seis Orçamentos na marcha em que vai o primeiro, que nós não votamos ainda? Todos os outros têm destaque, com exceção da Previdência do Município. Eu espero um pouco mais de compreensão. E que não haja agressão, porque se é político, todos nós somos, e todos nós estudamos as contas para fazer da melhor maneira possível. De repente concordamos, de repente discordamos, mas temos personalidade suficiente para assumir as nossas posições, e temos responsabilidade e competência, também, para, se não soubermos, buscarmos assessoria para podermos nos posicionar. Então não há por que agredir os demais Vereadores. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 22 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM, 16 NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Sempre que é rejeitada a Emenda, fica prejudicada a respectiva Subemenda.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Paulo Brum, a Emenda n.º 27 ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 16 votos SIM e 10 votos NÃO.

Em votação a Emenda n.º 30 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr.as Vereadoras, essa Emenda proposta pela nobre Ver.ª Clênia Maranhão nos remete a uma reflexão sobre a abordagem legal, jurídica da Lei. A Lei n.º 4.320, no seu art. 33, diz que não se admitirão emendas ao Projeto de Lei do Orçamento que visem a conceder dotação para início de obra, cujo projeto não esteja aprovado pelo órgão competente. E mais, na sua alínea “c”, diz: (Lê.) “Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado.” Isso nos leva a pensar sobre o papel do Poder Legislativo frente à questão do Executivo.

Também combinado com o § 1.º do art. 12 da Lei n.º 8.666/93, não é permitido que se consigne em Orçamento recursos para serviços que não tenham sido anteriormente criados, do contrário estaríamos permitindo ao Legislativo o aumento das despesas, o que é constitucionalmente proibido.

É claro que temos de estar atentos para a questão de que nenhum serviço que não tenha sido criado legalmente poderá ter recurso consignado no Orçamento, pois, se isso ocorresse, a Administração Pública estaria admitindo a hipótese da existência de um serviço ou de um órgão fantasma. Portanto, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras, nós temos de pensar bem sobre essa Emenda; há um vício de origem, a prerrogativa para este tipo de Emenda é do Executivo e, mais do que isso, lembro que a LDB coloca, com muita propriedade, a prioridade na questão da educação. Nós entendemos que o mérito dessa Emenda é ser propositiva, ela tem todo o mérito, mas entendemos que o Município tem de atender ao ensino fundamental e, a partir da nova LDB, também a educação infantil. Nós sabemos da dificuldade que se tem para poder estar atendendo, plenamente, a esses dois setores da educação.

Portanto, a Bancada do Partido dos Trabalhadores encaminha contrariamente a essa Emenda, lembrando o vício de origem, a sua inconstitucionalidade e a questão da prioridade no Município em relação ao ensino fundamental e ao ensino infantil. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a Emenda n.º 30 aposta ao PLE n.º 62/02.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, venho aqui defender a Emenda oficialmente de minha autoria, mas, na verdade, uma Emenda da qual eu sou apenas porta-voz, porque a Emenda se refere à designação de 88 mil reais para a implantação de um programa de educação adicional para afro-descendentes. Eu queria lembrar às Sr.as Vereadoras e aos Srs. Vereadores que, dia 20 de novembro, no Dia Nacional da Consciência Negra, nós fizemos uma importante discussão nesta tribuna de um Projeto de Lei, que foi aprovado, e que define no município de Porto Alegre uma política pública que pode ser implantada pelo Município ou pode ser feita em parceria com diversas entidades do Movimento Negro, que tem procurado criar cursos para jovens adolescentes do 2.º Grau, que são adolescentes afro-descendentes de baixa renda e que, exatamente por serem de famílias pobres, são de famílias em geral ou analfabetas ou com baixíssimo índice de alfabetização. Esses jovens têm dificuldade de concluir o 2.º Grau com o aporte necessário e condições de igualdade de disputar os bancos das universidades. Esta Casa teve a grandeza de compreender a importância desse Projeto, e nós tivemos o cuidado de não permitir que esse Projeto fosse mais uma lei aprovada nesta Casa e que ficava apenas no papel. Nós procuramos, então, criar a atividade de educação adicional para afro-descendentes no Orçamento. Eu tenho uma divergência quanto à constitucionalidade dessa Emenda, porque, na verdade, estão previstos na Proposta Orçamentária do Município recursos para o Ensino Fundamental Infantil e Especial para o município de Porto Alegre. Esse Projeto, portanto, estaria dentro da proposta de política pública que foi encaminhada por esta Casa através da Proposta Orçamentária, que é exatamente parte da proposta do ensino fundamental infantil e especial.

Nós achamos que é de extrema importância esse Projeto, porque algumas entidades, inclusive, estão com dificuldades em manter a proposta dos cursos para a população de baixa renda, jovem, que precisa ingressar na universidade, porque não dispõem de recursos.

Queria pedir a sensibilidade dos Srs. e Sr.as Vereadoras e a coerência com o discurso na defesa da igualdade de oportunidades para os afro-descendentes aprovando esta Emenda de nossa autoria. Esperamos com ela nada mais do que garantir uma ação afirmativa de direito dos afro-descendentes em Porto Alegre. Há recursos, há um discurso político da Prefeitura que defende essa questão e não haveria nenhum protecionismo, nem estou aqui defendendo nenhuma entidade em particular, porque a decisão da aplicação desses recursos será definida pela Prefeitura de Porto Alegre em sintonia com a movimento negro organizado. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon, a Emenda n.º 30 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a apuração nominal.) APROVADA por 14 votos SIM e 08 votos NÃO.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, para que não passe despercebido, na Redação Final, deve ser corrigido que a Emenda propõe 88 mil reais e reduz 98 mil reais.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A sua manifestação está registrada.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. Carlos Alberto Garcia, nós temos sabido que o Ver. Nereu D’Avila é o parecerista na CCJ sobre o Projeto do IPTU. E este Vereador, como parecerista, pediu uma diligência sobre o Projeto do IPTU. Nós consultamos o Executivo e a resposta é a de que o ofício com a diligência com os Pedidos de Informação ainda não chegaram, apesar de já ter transcorrido quase uma semana do assunto. Gostaria de saber se a Mesa tem ciência, se o processo ainda está aqui ou o ofício do Pedido de Diligência com as informações que estão sendo pedidas ao Executivo, e se pudesse, hoje mesmo, viabilizar a sua assinatura para o Executivo poder nos responder o mais rápido possível.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vamos fazer a consulta ao Setor de Protocolo.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 30 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 21 votos SIM.

Em votação a Emenda n.º 31 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Reginaldo Pujol e outros. O Ver. Zé Valdir está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Nós, ao encaminharmos em nome da nossa Bancada, contrariamente a essa Emenda, nós queremos preliminarmente destacar que a preocupação... Essa Emenda, não só porque parte do Ver. Reginaldo Pujol, mas também pelo tema, tem toda a legitimidade, e realmente todos nós nos preocupamos com a questão da segurança no trânsito, com a questão da educação. Mas nós somos contrários a essa Emenda por duas razões fundamentais que eu quero, rapidamente, expor a este Plenário. A primeira razão é que essa Emenda retira 52 mil, 142 reais e 5 centavos da publicidade da Secretaria Municipal de Transportes, e cria um programa chamado Programa de Educação e Segurança no Trânsito dentro da própria Secretaria. Aí está o primeiro problema, a primeira questão, o primeiro óbice a essa proposta que foi já detectado quando da discussão na Comissão. É claro que essa proposta tem problema de vício de origem, por isso, inclusive, essa Emenda foi rejeitada no seio da Comissão.

A segunda questão é que ela retira da publicidade - aparentemente, isso não causa maior problema, mas nós sabemos que, ao retirar a verba da publicidade, isso afeta a publicidade legal, afeta os editais. Portanto, coloca-se aqui não uma questão política, mas uma questão também de interesse público, porque afeta, inclusive, a publicação legal da própria Secretaria, necessária.

Além disso, ela coloca em local inadequado esse Programa, porque sabemos que a competência da Secretaria Municipal de Transportes é muito mais no sentido de regulamentação do trânsito, muito mais no sentido de trabalhar o planejamento estratégico do trânsito na Cidade, mas a questão efetiva de segurança e educação de trânsito cabe à EPTC, que desenvolve esses programas.

Portanto, essa Emenda, além do vício de origem, cria um programa num local inadequado e um programa cuja função já é desenvolvida pela EPTC. Quer dizer, cria um programa que já existe no órgão adequado; cria no órgão inadequado, prejudica a publicidade, e aí não é apenas a questão política: é a questão da publicidade legal que é afetada, e faz uma colocação num órgão completamente inadequado, que não é o órgão que tem a competência precípua para desempenhar esse tipo de atividade, de função que o Vereador pretende.

Por isso, nós somos contra essa Emenda, que - repito mais uma vez - já foi, inclusive, rejeitada na Comissão por contrariar a legalidade por vício de origem. Então, esses são os nossos argumentos no sentido de rejeitar essa Emenda.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 31 aposta ao PLE n.º 062/02, como autor.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vamos deixar claro que essa Emenda visa a atender ao cumprimento do que determina a Lei Federal n.º 9.503 de 1997, Código de Trânsito Nacional, mais especificamente no seu art. 320, que determina que: (Lê.) “A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, engenharia de campo, policiamento, fiscalização e...” - agora, gizado – “...educação de trânsito”.

O Programa de Educação e Segurança no Trânsito que a Emenda propõe decorre dessa determinação legal. (Lê.) “Atualmente, aqui em Porto Alegre, o próprio Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias definem a prioridade de aplicação de recursos em programas de educação e segurança no trânsito, mas isso não vem ocorrendo no Município”. Por que então queremos criar isso exatamente lá, no Gabinete do Secretário, onde constam suas assessorias, o Conselho Municipal de Transporte Urbano, a Coordenação de Apoio Técnico Administrativo?

E o Ver. João Antonio Dib, me perguntava, há pouco, o que significava a CATA. Por que colocar lá? Porque é o lugar adequado, onde se tem de colocar os recursos advindos da arrecadação e aplicação de multas de trânsito, obrigatoriamente, e deveriam ser, preferencialmente, aplicados pelos órgãos municipais de trânsito em programas de educação e segurança no trânsito, e não só em sinalização, em engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e publicidade institucional. O que se observa hoje é muita publicidade institucional! Até veículos sofisticados, televisão a cabo trazem propaganda da EPTC, que, lamentavelmente, não envia o seu Orçamento para a Casa, o que se constitui numa inconstitucionalidade.

Então, vejam bem os senhores: é lógico que estão todos já um pouco exaustos pelos trabalhos e não estão-me dedicando a atenção que não mereço, mas que o assunto mereceria; o que estamos fazendo não é nenhum atrapalho à Administração do Município, como o orador que nos antecedeu buscou colocar. Nós não estamos nos imiscuindo, nós estamos criando um programa para que, com os elementos de que dispõe o Executivo, se cumpra uma norma da legislação federal. Vejam os senhores que essa nossa proposta data de 8 de novembro. Não se diga que ela é oportunista, que ela vem a debate exatamente no momento em que, nas vias do Estado e da Cidade, cada vez mais o trânsito forma vítimas, porque hoje não existe educação para trânsito: o que existe é uma campanha arrecadatória, através dos caetanos, através dos pardais. O Ver. Fernando Záchia e o Ver. Valdir Caetano têm constantemente ocupado a tribuna para sustentar posicionamento contra essa situação de que os recursos provenientes da multa, contrariamente ao que dispõe a legislação federal, não são aplicados em educação de trânsito. Então, se fala em ilegalidade numa Emenda que busca tão-somente colocar no Orçamento do Município recursos para que o Município cumpra com a obrigação legal. E a obrigação legal é a de promover programas de educação e segurança no trânsito. Isto está previsto inclusive no Plano Plurianual de investimento e na própria Lei de Diretrizes Orçamentárias. Mas inexiste na estrutura administrativa, nos programas de ação do Governo do Município qualquer coisa nesse sentido.

Então, essa Emenda tem triplo sentido: preconiza, de um lado, o cumprimento da lei; de outro, busca a proteção até da vida humana; e, no terceiro, investe no que é fundamental, na educação especialmente dos jovens para que eles possam, certamente, ter uma vida, no futuro, menos problematizada, como a que hoje vivencia a nossa civilização, que verifica, a todo instante, Ver. Luiz Fernando Záchia, mortes as mais diversas possíveis, com as mais diversas origens, mas fortemente calcadas em acidentes de trânsito. Por quê? Falta de educação, falta de uma construtora mais sedimentada. Pensamos nós, legisladores de Porto Alegre, que estaremos contribuindo, de uma forma objetiva, concreta, para, através de um programa para o qual nós podemos prever recursos do Orçamento, começarmos, progressivamente, a debelar essa situação.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 31 aposta ao PLE n.º 062/02. (Após a apuração nominal.) APROVADA por 15 votos SIM e 10 votos NÃO.

Em votação a Emenda n.º 32 aposta ao PLE n.º 062/02, destacada pelo Ver. Reginaldo Pujol e outros. O Ver. Estilac Xavier está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, a Emenda de autoria do Ver. Reginaldo Pujol já foi discutida durante os debates gerais. O Ver. Reginaldo Pujol, primeiro, fez o seguinte: estimou uma receita, e esta receita ele distribuiu, a partir desta estimativa. E distribuiu, inclusive, em Projetos de Lei diferentes: a Centralização tem uma, o DMLU tem outra, as fundações têm outra, e o Vereador, então, intenta pegar os recursos gerais da Centralizada e distribuí-los. Mas esse é um dos problemas. O segundo problema é ter pretendido aumentar a arrecadação a partir da opinião de que a receita tributária, que foi a receita que ele usou para estimar o excesso de arrecadação... - gostaria da sua atenção Ver. Luiz Braz -... e a partir daí ele somou a receita global da Prefeitura e distribuiu.

Os relatórios da Prefeitura, em valores reais de janeiro a outubro, dão conta do seguinte: a receita corrente é composta da receita tributária, das transferências correntes e de outras, mas vou citar essas duas. Se compararmos o exercício de 2002 a 2001 a outubro, Ver. Reginaldo Pujol, a receita tributária teve um aumento de 3,5%, mas se formos para a receita das transferências correntes veremos que houve uma queda de 8,1%, ou seja, negativo. Há até itens que posso citar que deram decorrência a essa queda: um deles é o Sistema Único de Saúde: caiu a transferência em 15%, ou seja, a Peça Orçamentária é um todo. Eu não posso pegar o lado que aumentou sem olhar o conjunto das repercussões das outras receitas. E o outro lado diminuiu. Há uma compensação, portanto. Tanto é, Ver. Luiz Braz, que as receitas correntes do balanço em dados reais nominais, comparados 2001 e 2002, no geral, toda receita corrente, que é a receita tributária, as receitas de contribuições, a receita de serviço, as transferências correntes e outras receitas, sabe qual é a queda geral comparativamente? Menos 2,2%. Esse é um segundo aspecto.

Um terceiro aspecto é que toda exposição do nobre colega e diligente Ver. Reginaldo Pujol se baseou numa evolução da arrecadação da receita tributária arrecadada de 2000 e 2001 e lá ele pegou receita tributária de 2000: 271 milhões, mas não colocou que é receita tributária, nesse caso, o Imposto de Renda; em 2001 a mesma coisa: 277 milhões, não considerou o Imposto de Renda. Sabem quanto foi o Imposto de Renda em 2000? Trinta e cinco milhões; em 2001, 45 milhões; só que a base da previsão de 2002 de que ele faz o cálculo ele coloca o Imposto de Renda. É claro que com isso ele teve excesso de arrecadação nos outros dois anos. Com esse excesso de arrecadação o Ver. Reginaldo Pujol fez uma média, e disse: “Arrecadamos 15% a mais” e fez uma distribuição dos recursos, e aí em 2002 a estimativa do Ver. Reginaldo Pujol, dessa vez tendo o Imposto de Renda dentro, que nos outros não tinha, ele eleva a receita tributária para 372 milhões. Sabem qual é a estimativa dele do Imposto de Renda? Quarenta e seis milhões; sabem qual é a estimativa da Prefeitura? Quarenta milhões. Aqui nesses casos as bases de cálculos são as mesmas, mas nas anteriores não são, quando ele faz as médias para atribuir o excesso de arrecadação.

Por último, para encerrar um argumento: a Constituição Federal no seu art. 166, no parágrafo 3º diz: “As emendas aos projetos de lei do Orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovados caso: inciso III – indique os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas excluídas as que incidam sobre dotações, serviços de dívidas, transferências, etc.”, ou seja, pode mexer para tirar da despesa, mas não para acrescentar à receita, que é o que faz e propõe o nobre Vereador. Por isso somos pela rejeição da Emenda, Sr. Presidente. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a Emenda n.º 32 aposta ao PLE n.º 062/02.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, como se observa, o foco de resistência a essa Emenda já mudou. Já não se discute mais a possibilidade legal da reestimativa da receita pela via legislativa; já se fala, Ver. Pedro Américo Leal, em algum outro tipo de perfeição e até se gera alguma confusão, chegando a se colocar, inclusive, que essa Emenda poderia prejudicar os excepcionais, o que é uma aberração. É uma Emenda que aloca recursos da ordem de 2 milhões e 20 mil reais na Secretaria da Saúde e que não faz destinação prévia, está dando liberdade até para o Executivo investir nos excepcionais se assim entender necessário. Essa Emenda é fundamentada no art. 12, parágrafo 1.º da Lei de Responsabilidade Fiscal e na Constituição Federal que no seu art. 166, parágrafo 3.º, letra “c”, faculta essa possibilidade da reestimativa legal via parlamentar, como diz claramente a Lei, Ver. Pedro Américo Leal. No art. 12 da Lei de Responsabilidade Fiscal, coerente com a Constituição Federal, diz o seguinte: “reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado o erro ou omissão de ordem técnica ou legal”. Há equívoco, há subestimação da receita de forma muito clara, de forma muito ampla e isso, eventualmente, é amplamente comprovado em toda a exposição de motivos que nós fizemos, com os quais o Vereador inteligente, competente, o novo Deputado pelo Rio Grande Estilac Xavier, tenta esgrimir argumentos como se não fosse pacífico que as suplementações aqui em Porto Alegre... É muito estranho Vereador que V. Ex.ª traga à colação e a informação de que houve queda de receita num ano que houve só a título de excesso de arrecadações e suplementações que até o presente momento superam 60 milhões. Certamente, o Sr. André, que está aí do seu lado, está-lhe dizendo o contrário, porque V. Ex.ª tinha de trazer aqui os seus companheiros para a tribuna e falar claramente, não ficar dizendo para os excepcionais que a nossa Emenda vai contrariar os excepcionais, porque está mentindo, está faltando com a verdade.

Aliás, Vereador-Presidente, sou um homem que costumo debater com muita tranqüilidade, com muita segurança, mas diante dessa campanha sórdida de quem quer manter na sua mão o poder imperial de distribuir o excesso da arrecadação, subestimando a receita, se presta inclusive para insinuações dessa ordem.

Foi colocado aqui nesta Casa que essa Emenda, Ver. Pedro Américo Leal prejudicava os excepcionais. Em que os prejudica? Eu entreguei mais cedo a relação de recursos que são dotados em vários segmentos da Administração do Município, na Saúde é mais de 2 milhões, a Educação é de 4 milhões e 662 mil. O estudo que levou a isso - está demonstrado dentro da Emenda - é um estudo técnico que vem acompanhando a evolução da receita do Município nos últimos três anos, conforme determina a Lei. E todos os anos, aqui em Porto Alegre, tem havido excesso de arrecadação.

E não se diga, meu querido amigo Ver. Juarez Pinheiro, que, em determinado momento, afirmou que estejamos confundindo alhos com bugalhos, porque trabalhamos exclusivamente com a receita tributária, com aquilo que podemos dispor; em que pese nós termos a convicção de que o IGPM subindo do jeito como está subindo, o custo de vida subindo do jeito que está subindo, certamente haverá excesso de arrecadação em outras rubricas, sobre as quais o Município participa diretamente, ainda que recursos estaduais, ainda que recursos federais. Quem não sabe que, em valores absolutos, certamente vai subir a receita do Estado, no próximo ano, na parte do ICMS? Com o custo de vida subindo da forma como está subindo.

Nós estamos aqui, exclusivamente, trabalhando com os dados de balanço do Município, o que nos demonstra a previsão de excesso de arrecadação de 60 milhões de reais na base – e o Ver. João Dib sabe disso melhor do que ninguém, pois há 10 anos ele denuncia isso, a subestimação. A previsão de 60 milhões de excesso de arrecadação no ano que vem é absolutamente plausível. E nós estamos, apenas, colocando 15 milhões de reais, 1% do Orçamento; onde, entre outras coisas, nós estamos colocando 2 milhões, 780 mil reais para o Poder Legislativo da Cidade, para que não se tenha que mendigar mais recurso para esta Casa. É isso que nós estamos fazendo. Se isso é ruim, se colocar dinheiro na cultura, no esporte, na educação, na pavimentação de vias públicas, no Departamento de Esgoto Pluvial, se isso é ruim, digam que é ruim e votem contra, mas não façam mentiras dizendo que nossa Emenda prejudica os excepcionais desta Cidade ou de qualquer lugar do mundo. É isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 32 aposta ao PLE n.º 062/02.  (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 9 votos SIM, 14 votos NÃO, 02 ABSTENÇÕES.

Conseqüentemente, fica prejudicada a Subemenda n.º 1 à Emenda n.º 32. Com isso, encerramos a votação do PLE n.º 062/02 – Proc. n.º 3005/02.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, conversei com a maioria das Lideranças, para nós colocarmos um Requerimento da Mesa e um Projeto de Título que tem prazo, rapidamente, sem discussão e sem encaminhamento. Requeiro que seja colocado, agora, antes dos outros Orçamentos.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Se houver a concordância das Sr.as e dos Srs. Vereadores...

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, eu apenas quero agregar um Título, não sei qual é, porque tem problema de prazo para a entrega do Diploma ao homenageado, junto, sem qualquer encaminhamento, que é do Prof. Donaldo Schüller. Requeiro que seja feito junto com o Título, salvo se for votado, já está na Ordem do Dia, sem encaminhamento, sem discussão.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em  votação o Requerimento do Ver. João Carlos Nedel, aditado pelo Ver. Juarez Pinheiro. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como estão. (Pausa.) APROVADO.

Eu só preciso dos Processos, para que nós, imediatamente, possamos prosseguir.

Em votação o Requerimento n.º 178, de autoria da Mesa Diretora, que requer Sessão Solene no dia 11 de dezembro de 2002, em homenagem à Sociedade Floresta Aurora. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3317/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 209/02, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Doutor Donaldo Schüler. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da  CCJ e CECE. Relatora-Geral Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 28-11-02.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal o PLL n.º 209/02, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede o Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Professor Doutor Donaldo Schüler. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2409/02 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 091/02, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Frei Achylles Nichele Chiappin.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 27-11-02.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal o PR n.º 091/02, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Frei Achylles Nichele Chiappin. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3006/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 063/02, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Emendas n.os 01 a 06. Com Mensagem Retificativa. Com Subemendas n.º 01 às Emendas n.os 02 e 05.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto; da Mensagem Retificativa; da Emenda n.º 02, com Subemenda n.º 01; da Emenda n.º 05, com Subemenda n.º 01; e pela rejeição das Emendas n.os 01, 03, 04 e 06.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação o PLE n.º 063/02, com Mensagem Retificativa, correspondente ao Orçamento do Departamento Municipal de Limpeza Urbana para 2003. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Projeto com a Mensagem Retificativa, contra o voto do Ver. Sebastião Melo.

Votação das Emendas destacadas.

Em votação a Emenda n.º 01 ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Fortunati, nosso Presidente, Sr.as Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, mais uma vez, mais uma vez somos obrigados a estar aqui para dizer que o Ver. Sebastião Melo, na discussão do Orçamento da Administração Centralizada, colocou cinco Emendas, que são muito semelhantes, e as repetiu rigorosamente iguais, em todos os orçamentos da Descentralizada – DMLU, DMAE, FASC e DEP. Tudo igual, absolutamente igual. Nós não vamos repetir cinco vezes cinco intervenções, que dá vinte e cinco, vezes cinco minutos cada uma, setenta e cinco minutos, para discutir, Ver. Pedro Américo Leal, o que nós já discutimos a tarde inteira. Só viemos aqui para explicar, para que o povo de Porto Alegre saiba, que o Vereador repetiu as mesmas Emendas em todas as peças orçamentárias, seja da Administração Centralizada como de todos os órgãos da Administração Descentralizada. Eu não precisaria nem repetir aqui que só na publicação, no Diário Oficial, duas mil cópias dariam algumas arrobas, algumas centenas de quilos de papel, inúteis, porque ninguém vai ficar bisbilhotando esse tipo de publicação. Para quem tiver interesse está aberta na Administração Municipal, na Secretaria da Fazenda, como tem que ser, como manda a Lei. O Vereador representa a Comissão de Economia e sabe muito bem se tem que disponibilizar, aqui no terceiro andar, na sala de economia, as peças orçamentárias. A fiscalização não se faz olhando número por número; a fiscalização se faz quando há uma obra próxima, que se verifica, até porque o povo participa das reuniões comunitárias; o povo participa das reuniões do Orçamento; o povo participa das discussões do Plano Diretor. Portanto, sabe o que custa uma obra, quando ela está sendo feita, quais são seus prazos de início, meio e fim. Portanto, estamos tendo aqui inutilidades! Nós estamos explicando mais uma vez essa repetição, essa verdadeira provocação que é feita, para que a gente perca tempo em vez de discutir questões importantíssimas para a cidade de Porto Alegre. Quero que cada um dos Srs. Vereadores me aponte se não há, no mínimo, um Projeto de sua autoria que gostaria de já ter votado neste ano e que começa a mofar nos escaninhos desta Casa. Nós temos de mudar esse comportamento, e vamos dizer, à exaustão, que hoje estamos perdendo tempo aqui fazendo esse tipo de discussão. Portanto, para encurtar, não vamos usar cinco vezes vinte e cinco intervenções de cinco minutos, ou seja, 75 minutos para explicar o que já foi explicado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Sebastião Melo, como autor, está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n.º 01 aposta ao PLE n.º 063/02.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente José Fortunati; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, quero dizer que, da nossa parte, essa matéria está suficientemente esclarecida. Eu havia dito à Liderança do Governo que só a sustentaria na tribuna se alguém do Governo viesse aqui sustentá-la. Tem absoluta razão o Ver. Adeli Sell. Eu repeti as Emendas em todos os Orçamentos, porque as Emendas são as mesmas: buscam transparência no Orçamento. Isso é o que a bancada governista não quer; e só é bom debater nesta tribuna aquilo que é bom para o Governo, porque aquilo que não é bom para o Governo não é bom para debater. O Parlamento não é assim, Ver. Adeli Sell. Eu posso não concordar absolutamente com nada do que V. Ex.ª falar aqui nesta tribuna, mas eu tenho de respeitar. Esse é o contraditório. O Governo de V. Ex.ª não tem transparência no Orçamento, não tem um sistema de Internet para colocar em rede, de forma resumida, as obras. Atrasa, sim, a execução das obras, às vezes por meses, às vezes por anos. Isso é real, isso é verdadeiro. O que estamos querendo com esta Emenda é transparência. Portanto, Sr. Presidente, eu não vou sustentar nenhuma Emenda a mais, a não ser que o Governo venha aqui sustentar.

Requeiro votação nominal para todas as Emendas, para que possamos agilizar. Esse é o nosso entendimento, é a nossa posição, e estamos aqui para mais uma vez dizer: o que justifica a caminhada não são os discursos, são as práticas, e o Governo da Frente Popular tem um belo discurso de transparência, tem um belo discurso para os pequenos, mas, na verdade, governa sem transparência, governa para os grandes, governa, muitas vezes, aliançado com os banqueiros, gosta de cobrar impostos dos pequenos, mas dos grandes tem dificuldade de cobrar, os processos ficam trancados. Esta é a minha visão, é isto que eu vejo: o discurso é um, a prática é outra. Portanto, vamos à votação das Emendas e dos demais Projetos das Administrações Indiretas da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 01 aposta ao PLE n.º 063/02. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 14 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 02 aposta ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM, 12 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Conseqüentemente está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 02.

Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 03 aposta ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM e 13 votos NÃO.

Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 04 aposta ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM e 15 votos NÃO.

Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 05 aposta ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 15 votos NÃO. Está prejudicada, conseqüentemente, a Subemenda n.° 01 à Emenda n.° 05 ao PLE n.º 063/02.

 Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 06, aposta ao PLE n.º 063/02, destacada pelo Ver. Beto Moesch e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 11 votos NÃO.

Encerramos a votação do PLE n.º 063/02 - Orçamento do DMLU.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3007/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 064/02, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Água e Esgotos para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Emendas n.os 02 a 07. Com Subemendas n.º 01 às Emendas n.os 03 e 06.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto; da Emenda n.º 03, com Subemenda n.º 01; da Emenda n.º 06, com Subemenda n.º 01; da Emenda n.º 07; e pela rejeição das Emendas n.os 02, 04 e 05.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Sebastião Melo, o PLE n.º 064/02 correspondente ao Orçamento do DMAE para 2003. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra o voto do Ver. Sebastião Melo.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 02, aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM, 14 NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 03, aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM, 13 NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Conseqüentemente está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 03.

O Ver. Carlos Alberto Garcia solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia 28 de novembro após às 18h 30min.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Carlos Alberto Garcia e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, nos termos do Regimento, quero pedir verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Por Requerimento do Ver. Sebastião Melo, solicito verificação de quórum. (Após a verificação de quórum). Com a presença de 22 Vereadores, temos o quórum regimental.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 04 aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 17 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 05 aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 17 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 06 aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Marcelo Danéris e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 16 votos NÃO. Conseqüentemente, está rejeitada a Subemenda n.º 01 aposta à Emenda n.º 06 aposta ao PLE n.º 064/02.

Em votação a Emenda n.º 07 aposta ao PLE n.º 064/02, destacada pelo Ver. Beto Moesch e outros. O Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Reginaldo Pujol já estava vibrando por poder votar mais uma Emenda. Mas eu quero explicar aqui e justificar o encaminhamento para que não se aprove esta Emenda. Vejam, nós trabalhamos muito este ano, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, com relação a um Projeto de 1990 apresentado pelo então Prefeito Olívio Dutra, criando a taxa do esgoto pluvial para, dentre outras coisas, implantar o separador absoluto do esgoto cloacal e do esgoto pluvial.

Na época, segundo a própria justificativa, o esgoto pluvial estava sendo inviabilizado pelo esgotamento cloacal – isso está na exposição de motivos do então Sr. Prefeito Olívio Dutra –, e nós, sociedade porto-alegrense, teríamos de fazer o separador absoluto para que o esgotamento pluvial não recebesse mais o esgotamento cloacal, porque o pluvial estava sendo inviabilizado e porque o Guaíba estava sendo completamente contaminado: exposição de motivos do Sr. Prefeito, 1990.

Pois bem, 12 anos após, taxa de esgotamento pluvial sendo cobrada e, segundo a própria Prefeitura, toda a rede de esgoto pluvial da cidade de Porto Alegre continua recebendo esgotamento cloacal. Por isso, fizemos, na LDO, uma Emenda colocando o separador absoluto como uma diretriz. Veio, então, o Veto do Sr. Prefeito dizendo que essa Emenda da LDO era contrária ao interesse da comunidade, segundo a própria exposição do Veto, e em nenhum momento dizia que havia recursos para separador absoluto em 2003. Por isso, nós, no Orçamento, como conseguimos derrubar o Veto e, portanto, aprovar a Emenda para iniciarmos um processo do separador absoluto na cidade de Porto Alegre, fizemos uma Emenda que é a que nós estamos debatendo agora para o Orçamento.

Já os técnicos do DMAE - eu quero aqui respeitá-los e acreditar no que eles estão nos falando - nos colocaram que há, sim, recursos para 2003, para a implantação, em alguns pontos da Cidade – e era o que nós queríamos, porque são obras caras, são milhões de reais para nós estabelecermos um pouco de separador absoluto na cidade de Porto Alegre. Eles nos mostraram, e nós estamos aqui acreditando que existem verbas para a colocação de rede pluvial na Cidade com separador absoluto, ou seja, separando o cloacal do pluvial e que se dariam, em recursos, maiores do que a dessa Emenda.

O nosso objetivo era iniciarmos o processo de separação do esgotamento pluvial e cloacal na Cidade. Como os técnicos do DMAE nos mostraram que isso está sendo iniciado e continuado, nós queremos apenas cobrar o compromisso agora, Ver. Marcelo Danéris e bancada governista, nós queremos o compromisso do Executivo ao retirarmos essa Emenda para que a Comissão de Saúde e Meio Ambiente seja convidada a olhar in loco essas obras para a separação do esgotamento cloacal e pluvial, porque nós estamos aqui dando um crédito ao Executivo ao retirarmos essa Emenda, ao encaminharmos pela sua rejeição, convidando engenheiros sanitários, que estão acompanhando o nosso trabalho, para realmente analisarem se essas obras serão feitas em 2003. Estamos dando um crédito, porque não abrimos mão do separador absoluto na cidade de Porto Alegre, porque paga-se taxa pluvial para isso e não se está realizando o esgotamento como se deveria e porque o Guaíba continua sendo poluído não só pelo esgotamento cloacal, mas pelo pluvial, porque o pluvial recebe o cloacal.

Estamos dando um crédito ao Executivo, mas fica esse compromisso público. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação a Emenda n.º 07 aposta ao PLE n.º 064/02. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3008/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 065/02, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Habitação para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Emendas n.os 02 a 06. Com Subemendas n.º 01 às Emendas n.os 03 e 06.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto; da Emenda n.º 03, com Subemenda n.º 01; da Emenda n.º 06, com Subemenda n.º 01; e pela rejeição das Emendas n.os 02, 04 e 05.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação o PLE n.º 065/02, correspondente ao Orçamento do DEMHAB para 2003. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Projeto, com voto contrário do Ver. Sebastião Melo.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 03 aposta ao PLE n.º 065/02, destacada pelo Ver. Carlos Alberto Garcia e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 03 votos SIM e 16 votos NÃO. Conseqüentemente, está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 03, aposta ao PLE n.º 065/02.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 04 aposta ao PLE n.º 065/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 17 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 02 aposta ao PLE n.º 065/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e16 votos NÃO.

Em votação a prorrogação da Sessão por mais duas horas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 05 aposta ao PLE n.º 065/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 17 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 06 aposta ao PLE n.º 065/02, destacada pelo Ver. Carlos Alberto Garcia e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Conseqüentemente, está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3009/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 066/02, que estima a Receita e fixa a Despesa da Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC - para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Emendas n.os 02 a 06. Com Subemendas n.º 01 às Emendas n.os 03 e 06.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto; da Emenda n.º 03, com Subemenda n.º 01; da Emenda n.º 06, com Subemenda n.º 01; e pela rejeição das Emendas n.os 02, 04 e 05.

 

Observações:

- o Projeto será votado com as Emendas aprovadas pela CEFOR, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento nesse sentido, subscrito por um terço dos membros da Casa –    art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- somente Emendas subscritas pela maioria dos membros da CEFOR são admitidas nesta fase - art. 120, parágrafo único, do Regimento;

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 20-11-02;

- retirada a Emenda nº 01.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação o PLE n.º 066/02, correspondente ao Orçamento da FASC para 2003. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra os votos dos Srs. Vereadores Sebastião Melo, Reginaldo Pujol e Isaac Ainhorn.

Em votação as Emendas destacadas.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 02 aposta ao PLE n.º 066/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Após apuração nominal). REJEITADA por 05 votos SIM e 16 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda n.º 03 aposta ao PLE n.º 066/02, destacada pelo Ver. Carlos Alberto Garcia e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA, por 05 votos SIM, 16 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO, a Emenda n.º 03. Conseqüentemente está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 03 ao PLE n.º 066/02.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 04 aposta ao PLE n.º 066/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 05 aposta ao PLE n.º 066/02, destacada pelo Ver. Sebastião Melo e outros. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM e 17 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda n.º 06 aposta ao PLE n.º 066/02, destacada pelo Ver. Carlos Alberto Garcia e outros. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 14 votos NÃO.

Conseqüentemente está prejudicada a Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 06 aposta ao PLE n.º 066/02.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3018/02 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 067/02, que estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2003. Com Mensagem Retificativa.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e da Mensagem Retificativa.

 

Observações:

- o Projeto será votado com as Emendas aprovadas pela CEFOR, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento nesse sentido, subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- somente Emendas subscritas pela maioria dos membros da CEFOR são admitidas nesta fase - art. 120, parágrafo único, do Regimento;

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 20-11-02.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Isaac Ainhorn e Sebastião Melo, o PLE n.º 067/02 com Mensagem Retificativa, correspondente ao Orçamento da PREVIMPA para 2003. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 05 votos NÃO.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro à Mesa que diligencie junto à Diretoria Administrativa para que seja fornecida a este Vereador, ainda hoje, a planilha de votação, discriminadas Emenda por Emenda, com todos os votos, desde a Descentralizada e demais processos que aqui votamos até o presente momento.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Ver. Sebastião Melo, a votação é pública, e, naturalmente, já solicito à Diretoria Legislativa que lhe conceda cópia de todas as votações efetuadas na tarde de hoje.

Encerramos a votação do Orçamento.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h13min.)

 

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